quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Moringa - Uma verdadeira benção da natureza

















ORIGEM

É uma árvore originária da Índia. Nasceu em uma região seca como a do sertão do Brasil , onde chove pouco e durante período curto do ano.

NOME CIENTÍFICO
É uma planta da família Moringaceae e os cientistas a conhecem como Moringa oleifera, porque ela também produz muito óleo.

NOMES POPULARES
Em alguns lugares do nordeste é conhecida como Lírio-Branco e Quiabo de Quina, em inglês, é chamada de Drumstick (Baqueta) devido ao formato que lembra o Bastão de bater o tambor.

CARACTERÍSTICAS
É uma plnata perene (que dura muitos anos, não acaba) que atinge cerca de 10 metros de altura. As flores são perfumadas, de cor branca ou bege, pintadas de amarelo na base.
O fruto é uma espécie de vagem normal, que tem duas faces.
As sementes, sempre em grande número por fruto, têm quase 1 centímetro de diâmetro e, são aladas.

VALOR NUTRITIVO
O conteúdo de vitamina a nas folhas é de 23 mil ui (unidades internacionais) por 100 gramas de folhas maduras, o maior dentre os vegetais comestíveis. só para se ter uma idéia da importância desse conteúdo, o brócolis possui 5 mil ui e a cenoura 3.700. as folhas da moringa são boa fonte de fósforo, cálcio, ferro e vitamina c contém também cerca de 27% de proteínas.

USO MEDICINAL
Todas as partes da moringa são usadas na medicina popular da ásia, áfrica e américa central, apesar de que ainda poucas das propriedades alardeadas foram comprovadas cientificamente. Sabe-se que as folhas e as sementes possuem propriedades antibacterianas, e que a vitamina a associada a outras vitaminas combate os radicais livres, moléculas derivadas do metabolismo, que prejudicam as células provocando o envelhecimento. Os usos mais citados da moringa são para as doenças da pele, sistema digestivo e doenças nas articulações.

USO ALIMENTÍCIO
Nos continentes Asiático e Africano, a utilização como alimento é bastante antiga. Na América Central também há certa tradição. As receitas são inúmeras. Na Indonésia, por exemplo, consome-se o arroz com sopa ou molho de folhas de moringa. Em Timor, há um prato muito apreciado chamado "makansufa", que significa refeição de flores. As flores de moringa são fritas em óleo de coco e imersas em leite de coco, para serem consumidas com milho ou arroz. Nas Filipinas, folhas novas são transformadas em puré para alimentar crianças. Na Etiópia, as folhas temperadas e cozidas são utilizadas em mistura com batatas e tomates. Os frutos podem ser consumidos em conservas. Em Bombaim, na Índia, há uma fábrica que exporta para países ocidentais enlatados de drumsticks. Em alguns países as folhas servem para alimentação animal. No Brasil, sabe-se há pouquíssimo tempo, que a moringa é comestível. A espécie está sendo vista como alternativa alimentar estratégica. Em algumas escolas de regiões carentes estão usando folhas da moringa na merenda escolar. Segundo
relatos de professores, o rendimento dos alunos melhorou. No instituto de parmacultura da Bahia, em Salvador, tem-se usado a farinha das folhas secas para alimentar crianças em substituição à farinha de mandioca.

OUTROS USOS
A árvore é muito ornamental, florescendo quase o ano todo. Em alguns lugares são usadas como cercado vivo. Das sementes, é feito um óleo que pode servir para fixar fragrâncias florais. Antigamente foi muito usado para lubrificar relógios e cronômetros.

PLANTIO
É pouco exigente quanto ao solo, porém, não resiste muito a alagamentos prolongados. A produção de mudas pode ser por sementes ou estacas. Plantadas em saquinhos individuais, aos dois meses já podem ir para o campo. Também se reproduz facilmente a partir de galhos de plantas adultas, apresentando-se por este método, um crescimento mais rápido. A planta precisa sobretudo de muito sol.

PRODUÇÃO
A partir de sete meses, a planta pode frutificar timidamente, mas, após dois anos, produz mais de 600 frutos anualmente. em relação às folhas, ela rebrota vigorosamente após as podas feitas constantemente. Em regiões muito secas, perde as folhas nos períodos de estiagem, mas, se for irrigada, mantém a folhagem o ano todo.

HABITAT
É nativa da índia. hoje em dia, pode ser encontrada em todas as regiões subtropicais do mundo.

A TÉCNICA DE PURIFICAÇÃO DA ÁGUA
A técnica foi trazida da África em 1994 e está sendo difundida por organizações não governamentais nas regiões brasileiras afligidas pela seca. substitui a utilização da cal e do cimento, usados popularmente para acelerar a decantação da sujeira da água, mas que deixam resíduos químicos tóxicos.

O PROCESSO DE PURIFICAÇÃO
As sementes (de 01 a 03) são descascadas, amassadas com um pilão e misturadas em água limpa, que depois será coada. O líquido resultante, chamado de leite de moringa devido à cor branca, será adicionada à água que se deseja purificar. A dose recomendada é de uma ou duas sementes por litro de água barrenta. Após a mistura, mexe-se com força por 1 minuto e lentamente por mais 5 minutos, e o barro começa a se assentar no fundo do reservatório. Para poder utilizar a água, deve-se separá-la do barro com cuidado para não balançar o reservatório.

Como usar a semente da moringa para purificar a sua água

1- Lave bem as mãos, limpando com cuidado as unhas.
(Isso é muito importante para evitar a transmissão de bactérias e doenças).

2- Separe três sementes de moringa para cada litro d'água que você deseja purificar.
(Para uma lata grande de vinte litros d'água, use sessenta sementes de moringa).

3- Retire as cascas das sementes, uma por uma, e coloque o miolo em um pilão e amasse todas.
(É importante que o miolo das sementes sejam bem amassadas como se faz com o tempero da comida).

4- Jogue o conteúdo do pilão na água que você quer purificar e mexa lentamente o líquido durante 5 minutos.
(É nesse instante que a moringa começa a purificar a sua água).

5- Cubra a lata e espere durante duas horas até que a água fique bem limpa e todo o barro e a sujeira vá para o fundo da lata.
(Você vai ver como toda a sujeira desce para o fundo da lata).

6- Bem devagar, retire com um caneco, a água limpa que fica em cima e coloque em um pote ou jarra.
(A água está pronta para ser usada na cozinha ou mesmo para beber).

CAMPANHA
O diretor regional da ECT/DR/CE, João Alberto neto lobo, e o presidente da Fundação Deusmar Queiroz, Geraldo Lima, realizaram, dia 20 de março de 2000, o lançamento interno da campanha " Pegue e Plante Moringa - a semente que é uma limpeza ". A campanha objetiva utilizar a estrutura das agências dos correios do interior para a distribuição de sementes de moringa destinadas à purificação de água. "A semente de moringa elimina as bactérias tornando a água potável e contribuindo para a qualidade de vida dos cearenses que não têm acesso a sistemas de saneamento," afirmou o diretor da ECT ".

PARCERIA
Segundo Geraldo Lima, a escolha dos correios como parceiros da campanhas, pela Fundação Deusmar Queiroz, foi em função da eficácia demonstrada pela empresa em outras campanhas de sucesso. "Oempenho e o ideal de servir dos correios são traduzidos a cada ano nas pesquisas que comprovam a alta confiabilidade da ECT".

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Plástico biodegradável é produzido a partir do amido de mandioca
















Júlio Bernardes, da Agência USP de Notícias

Uma pesquisa do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP produziu plástico biodegradável a partir do amido de mandioca, obtendo os chamados amidos termoplásticos (TPS). O estudo, realizado pela química Eliangela Teixeira, também mostrou a viabilidade do uso de resíduos da industrialização do amido para produzir termoplástico reforçado com fibras celulósicas. Os plásticos com amido poderão ser aplicados principalmente na indústria de embalagens.

“As fibras fazem parte naturalmente da constituição dos resíduos, compostos por cerca de 82,5% de amido residual e 17,5% de fibras celulósicas”, aponta a pesquisadora. “Desta forma, pode-se ter um aproveitamento tanto do amido para a formação da fase matriz (termoplástica) e ainda, das fibras celulósicas que são capazes de promover reforço mecânico aos TPS.”

Os amidos termoplásticos podem ser obtidos via estado fundido (temperaturas de 120oC a 160oC) na presença de plasticizante e cisalhamento. “Essa metodologia é bastante utilizada no processamento de plásticos de origem petroquímica”, explica Eliangela. “Os grânulos de amido são rompidos, há perda da cristalinidade granular e uma fase contínua é então obtida, com o material podendo ser moldado à quente”.

De acordo com a química, os amidos termoplásticos apresentam um grande potencial de aplicações, especialmente no setor de embalagens. “Como essa área emprega um grande volume de plásticos de origem petroquímica, os TPS podem contribuir para melhorar o gerenciamento do lixo e reduzir o impacto ambiental dos plásticos não-biodegradáveis.” O material também pode ser adotado na confecção de tubetes de plantio para o setor agrícola.

Nanofibras

Os resultados dos testes com o amido estão na tese de doutorado de Eliangela, que foi orientada pelo professor Antonio Aprígio da Silva Curvelo, do IQSC. Outra linha de pesquisa do estudo foi direcionada à obtenção de nanofibras de celulose a partir das microfibras contidas no resíduo, para aumentar a resistência dos amidos termoplásticos.

“As nanofibras, por apresentarem dimensões extremamente pequenas, também podem gerar efeitos significativos de reforço mecânico ao TPS”, conta Eliangela. “Entretanto, este efeito é fortemente dependente do plasticizante que é empregado para a obtenção do TPS”.

A pesquisadora testou também o uso direto da raiz de mandioca para a obtenção de termoplásticos. “Foi possível a obtenção de um filme plástico diretamente da mandioca”, destaca. “Entretanto a particularidade deste tipo de material, é que os açúcares naturalmente presentes na raiz (principalmente glicose e sacarose) também atuaram como plasticizante para o amido”.

Segundo a química, os açúcares da raiz devem ser computados na formulação, pois influenciaram consideravelmente no desempenho mecânico do TPS final. “Ao final do processo de produção, foram obtidos materiais de maior flexibilidade e no entanto, de menor resistência à ação mecânica”, ressalta.

Mais informações: (0XX16) 3373-9938, com Antonio Aprígio da Silva Curvelo


(Agência USP de Notícias)

domingo, 20 de janeiro de 2008

Erva-Sal (Atriplex nummularia)
















Rendimento da Atriplex nummularia irrigada com efluentes da criação de tilápia em rejeito da dessalinização de água

RESUMO
Com o objetivo de avaliar a influência no rendimento da erva-sal (Atriplex nummularia) e em algumas características do solo, quando irrigada com efluentes da criação de tilápia (Oreochromis sp.) em rejeito da dessalinização de água salobra no semi-árido brasileiro, a erva-sal foi irrigada durante um ano com quatro volumes de efluentes na Embrapa Semi-Árido, em Petrolina, PE, cuja salinidade média foi, de 8,29 dS m-1. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro tratamentos e três repetições. Os tratamentos T1, T2, T3 e T4 correspondem, respectivamente, aos volumes de efluentes aplicados semanalmente, de 75, 150, 225 e 300 L planta-1 . A salinidade média do solo na profundidade 0 - 90 cm foi de 0,40 dS m-1, antes de serem iniciadas as irrigações. Após a colheita, respectivamente para os tratamentos T1, T2, T3 e T4, as salinidades médias dos perfis de solo na mesma profundidade (0 - 90 cm) foram de 8,02, 6,09, 4,97 e 4,60 dS m-1 e os rendimentos de matéria seca da erva-sal, de 9,75, 12,26, 14,49 e 13,81 t ha-1. O maior rendimento de matéria seca por litro de efluente aplicado foi para o tratamento T1, com 4,84 g L-1 que apresentou, também, a melhor relação entrada/saída de sal, removendo 13,84% do total de sal incorporado ao solo.
Palavras-chave: erva-sal, salinidade, irrigação

INTRODUÇÃO
As águas subterrâneas do semi-árido brasileiro constituem o manancial mais econômico e flexível para atendimento seguro da população, sendo elevado o número de poços tubulares instalados. Devido à peculiaridade geológica de rochas cristalinas, em geral as águas desses poços possuem sais dissolvidos pela intemperização das rochas, inviabilizando seu uso para consumo humano e até mesmo animal. No entanto, a tecnologia da dessalinização permite a viabilização do manancial disponível, pela eficiência no fornecimento de água de boa qualidade, sendo notória a sua expansão.
A crescente expansão da dessalinização poderá trazer impactos ambientais severos devido aos seus subprodutos ou efluentes, isto é, águas com elevados teores de sais que são, na maioria das vezes, despejados no solo indiscriminadamente, conforme indicam estudos de Amorim et al. (1997). A irrigação de plantas halófitas com efluente salino proveniente da exploração de atividades aqüícolas tem sido sugerida como alternativa de redução dos impactos negativos causados pelo não acondicionamento desse subproduto da dessalinização (Miyamoto et al., 1996; Glenn et al., 1998; Brown et al., 1999; Montenegro et al., 2000; Porto et al., 2001).
Halófitas são plantas com habilidade de suportar não apenas altos níveis de salinidade do complexo solo-água mas, também, de acumular significativas quantidades de sais em seus tecidos (Miyamoto et al., 1994). Dentre as halófitas, a erva-sal (Atriplex nummularia) é uma das mais importantes, pelo fato de possuir mecanismos especializados de acumulação de sais no seu interior e de sua eliminação através das folhas. Na realidade, a planta age desta maneira não com o objetivo de se tornar especializada na absorção de sais mas, sim, como forma de se ajustar ao ambiente quando este é de elevada salinidade.
Mesmo a literatura evidenciando a erva-sal como um dessalinizador biológico do solo (Glenn et al., 1998; O'Leary, 1986; Porto et al., 2001), a sua efetividade é maior quando cultivada com volumes menores de efluentes (Brown et al., 1999). Por outro lado, a predominância dos problemas de salinização das áreas irrigadas tem origem no uso excessivo de água na irrigação (Rhoades, 1998), mas é também importante reconhecer a taxa de lixiviação como recomendação de boas práticas na agricultura irrigada; todavia, em se tratando de água salobra, a incorporação de sal no perfil do solo é diretamente relacionada ao volume de água aplicado na irrigação.
O presente estudo tem como objetivo avaliar a influência no rendimento da erva-sal e em algumas características do solo, quando irrigada com quatro volumes de efluentes da criação de tilápia rosa (Oriochromis sp.) em rejeitos da dessalinização de água salobra.

MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi implantado no Campo Experimental da Caatinga da Embrapa Semi-Árido, em Petrolina, PE onde foram observados os efeitos de quatro volumes de água de irrigação: T1 = 75; T2 = 150; T3 = 225 e T4 = 300 L semana-1 planta-1, aplicados de uma só vez. O solo da área experimental foi classificado como Argissolo amarelo eutrófico abruptico plíntico. (EMBRAPA, 1999)
Mudas de erva-sal com 30 dias de idade, originárias de uma mesma planta por propagação vegetativa, foram transplantadas para covas de 0,4 x 0,4 x 0,4 m, em espaçamento entre covas de 4,0 x 4,0 m, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com 16 plantas em cada parcela, cada bloco contendo quatro tratamentos, repetidos três vezes, totalizando 12 parcelas. A área total do experimento foi de 3.072 m2. O sistema de irrigação usado foi o de sulcos e a água aplicada o efluente da criação de tilápia rosa (Oriochromis sp.), cultivada em tanque com o rejeito da dessalinização de água salobra de poço tubular do cristalino. A densidade de povoamento da tilápia no tanque foi de 4 alevinos m-3 e o ciclo do peixe, de seis meses. A borda de cada sulco, com área molhada de 20 m2, continha quatro plantas. O transplante das mudas foi realizado em 16/6/2000 em covas que receberam 5 L de esterco de caprino e 150 g de superfosfato simples, cuja colheita ocorreu em 25/6/2001. Durante este período, foram cultivados dois ciclos de tilápia e realizadas 43 irrigações, enquanto, seguindo a metodologia do Laboratório de Solos da Embrapa (Claessen, 1997), o monitoramento da salinidade do efluente e da salinidade do solo foi realizado semanalmente antes de cada irrigação determinando-se a condutividade elétrica (dS m-1), como também foram determinados o pH e a umidade (%) do solo. As amostras de efluente foram coletadas e analisadas in loco para determinação de pH e condutividade elétrica (dS m-1). As amostras de solo foram coletadas antes da aplicação do respectivo volume de água em cada tratamento, nos dias em que eram feitas as irrigações, tomadas a intervalos de 0 - 30 cm, 30 - 60 cm, 60 - 90 cm, e a uma distância de 0,20 m da planta. Os dados de rendimento total por planta por tratamento foram analisados estatisticamente, avaliados com o teste de Duncan, e submetidos a análises de regressão. Em ambos os procedimentos, usaram-se módulos do SAS (1989). Foram feitas as estimativas de matéria seca (MS), seguindo técnicas descritas por Silva & Queiroz (1990), além das estimativas dos quantitativos de sais acumulados nos tecidos da erva-sal, por meio da determinação de cinzas totais. Na colheita, retirou-se todo o material vegetal com altura igual ou superior a 50 cm a partir da superfície do solo, que foi classificado como lenha, caule grosso, caule fino e folha. Como lenha, considerou-se todo o material lenhoso com diâmetro igual ou superior a 10 mm; como caule grosso, o material com diâmetro entre 8 e 10 mm e, como caule fino, o material com diâmetro inferior a 8 mm. Por fim, foi denominado material forrageiro o conjunto de caules e folha.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 apresentam-se os resultados das análises físicas do solo na área experimental, antes do plantio da erva-sal. O solo foi classificado como de textura média/argilosa; o pH médio do perfil, de 5,7, é considerado típico para este tipo de solo e a condutividade elétrica do extrato de saturação do perfil do solo foi de 0,40 dS m-1 permitindo classificar-se o solo como não salino. A capacidade de retenção de umidade disponível média do perfil, determinada com base em massa, é de 6,1%.

A Figura 1 apresenta a média diária mensal da condutividade elétrica do efluente durante todo o ciclo de cultivo. Para o período de cultivo, a média geral foi de 8,29 dS m-1, podendo o solo ser classificado como salino, para fins de irrigação.

A Tabela 2 apresenta os dados de pH e de condutividade elétrica para as três camadas do perfil do solo, de acordo com os tratamentos. Observa-se um ligeiro aumento nos valores de pH médios dos perfis, à medida que o volume de água foi maior. Quanto à condutividade elétrica, os aumentos foram significativos e inversamente proporcionais aos aumentos dos volumes de água, mas ainda muito aquém dos limites para comprometimento da produção da erva-sal, que é de 31,25 dS m-1 (20 g L-1), conforme resultados conseguidos por Miyamoto et al. (1996). É importante observar que, já para o primeiro ano, a condutividade elétrica média do perfil do tratamento T1 aproxima-se da condutividade média do efluente.
Em função de decorrido apenas 1 ano, as maiores concentrações ocorreram nas camadas superiores para todos os tratamentos; todavia, fica evidenciada a possibilidade de ter havido lixiviação no tratamento T4, em virtude de um desvio menor entre os valores da condutividade elétrica das três camadas do perfil, pelo fato do excedente de água da primeira camada do perfil (0 - 30 cm) haver transportado parte dos sais para as camadas subseqüentes, o que não se verificou com os tratamentos irrigados com menores volumes que o T4; pelo contrário, por meio do processo de evapotranspiração a solução do solo se foi tornando concentrada no decorrer do período para os tratamentos que receberam menores volumes de água.
O monitoramento semanal da condutividade elétrica do extrato de saturação do solo é apresentado na Figura 2, em que os valores representam médias semanais das três camadas do perfil. Os valores para todos os tratamentos acompanharam a mesma tendência, apresentando valores mais altos na última semana de setembro e na primeira de outubro, quando as taxas de evaporação foram mais altas no tanque classe "A". Como era de se esperar, o tratamento T1 foi o que atingiu os mais altos níveis de salinidade, chegando a um valor médio de 13,43 dS m-1, evidenciando a concentração dos sais em função do reduzido teor de umidade no solo na camada de 0 - 30 cm. A condutividade elétrica dessa camada para este tratamento, chegou a 17,67 dS m-1.
A Figura 3 apresenta os teores de umidade para os quatro tratamentos. O comportamento dos gráficos obedece a uma tendência dos maiores e menores valores de umidade estarem de acordo com os volumes de água fornecidos para cada tratamento. Considerando-se o conjunto de dados, observa-se que do total das 43 amostragens para cada um dos tratamentos T1, T2, T3 e T4, os valores médios do teor de umidade do perfil foram, respectivamente, 12, 8, 4 e 5 vezes inferiores à média do teor de umidade do ponto de murcha do perfil, que é de 8,46%. Moore et al. (1972) encontraram que a atriplex continua transpirando, mesmo com teores de umidade no solo inferiores aos do ponto de murcha. É importante observar que o diferencial de umidade entre os tratamentos T3 e T4, durante todo o ciclo de cultivo, é desprezível.
A Tabela 3 mostra o peso médio de matéria fresca por planta, para os diferentes tratamentos. Cada repetição representa a média de quatro plantas colhidas. De acordo com a análise estatística, existem diferenças significativas em nível de 5%, comprovadas pelo teste de Duncan. O coeficiente de variação foi de 8,16% e o R2 igual a 0,93.

Tem-se na Figura 4 a análise de regressão, correlacionando os rendimentos totais por planta e os volumes de água aplicados nas irrigações. De acordo com esta informação, o melhor rendimento físico foi conseguido com o tratamento T3, ou seja, irrigando-se a erva-sal com o volume de 225 L semana-1 planta-1, o que equivale a uma lâmina de água aplicada de 45 mm semana-1 planta-1; este valor é próximo ao da taxa de evaporação média semanal, medida na área experimental, com tanque classe "A", isto é tanques cilíndricos de metal e padronizados para medição da evaporação potencial em estações meteorológicas, que foi de 46,9 mm; por outro lado e mesmo havendo diferença de rendimento entre os tratamentos T3 e T4, estatisticamente ela não é significativa, indicando tendência da oferta de água para o rendimento máximo de biomassa ser próximo da evaporação potencial medida pelo tanque classe "A".

Considerando-se um estande de 625 plantas ha-1 e a proporcionalidade de cada parte colhida da planta em relação ao total, a Tabela 4 apresenta os resultados das matéria seca para cada tratamento.
Do ponto de vista de produção de forragem, esses resultados podem ser considerados bons, visto que os rendimentos em matéria seca são bem superiores ao conseguido com a leucena (Leucaena leucocephala), que é de 3,0 t ha-1 corte-1 (Oliveira, 2000) podendo ser comparado ao da alfafa irrigada com água de qualidade superior (O'Leary et al., 1985).
Por outro lado, é conveniente ressaltar que uma das limitações do potencial de água subterrânea no cristalino é a baixa vazão média dos poços. Nesta perspectiva foi calculado, para cada tratamento, o rendimento da erva-sal por litro de água aplicado. O tratamento T1 foi o que mais produziu biomassa por unidade de água, atingindo 4,84 g de matéria seca L-1 de efluente. O tratamento T4 produziu apenas 1,71g L-1. Miyamoto (1993) e Miyamoto et al. (1994), encontraram rendimentos de atriplex que variaram entre 1,4 e 2,6 g L-1.
Os dados da Tabela 5 apresentam a estimativa da quantidade de cinza existente nas diferentes partes da planta, de acordo com os tratamentos. Os totais de cinza variaram entre 15,0 e 16,0 g 100 g-1 de matéria seca não havendo, portanto, diferenças significativas entre os tratamentos, sendo a maior concentração encontrada na folha que, por sua vez, é o componente mais expressivo do material forrageiro. De acordo com Miyamoto et al. (1994), o limite do teor de sal em ração para caprinos e ovinos é de 10 g de sais por 100 de matéria seca, sendo esta é uma das limitações do uso da erva-sal como forrageira. Portanto, a recomendação é misturá-la a outros alimentos na formação da dieta diluindo-se desta forma, a concentração de sais na ração.
Considerando-se o total de água de irrigação aplicado e a salinidade média do efluente, que foi de 8,29 dS m-1 (5,3 g L-1) conclui-se que o tratamento T1 foi o mais eficiente na retirada de sais do solo, tendo em vista que o conteúdo de cinza é a estimativa aproximada da dessalinização do solo. Neste trabalho, o tratamento T1 retirou 13,84% do total de sais que foram incorporados ao solo pela irrigação, enquanto o tratamento T4 retirou apenas 5,2%.

CONCLUSÕES
1. A salinidade do solo aumentou em todos os tratamentos.
2. O melhor rendimento físico da erva-sal foi conseguido com a aplicação semanal de 225 litros de efluente da dessalinização de água salobra, após o mesmo ter servido como meio de cultivo para a tilápia rosa (Oriochromis sp.).
3. Para o tratamento T4, que recebeu semanalmente 300 L de efluente planta-1, o rendimento foi inferior ao que recebeu 225 L, porém eles não são diferentes estatisticamente, mas os valores médios da condutividade elétrica foram menores e com diferenças pequenas entre as camadas do perfil que recebeu maior volume de irrigação.
4. O tratamento T1 apresentou o melhor rendimento de biomassa pelo total de água aplicada, chegando a produzir 4,84 g de matéria seca L-1 de efluente, enquanto o tratamento T4 produziu apenas 1,71 g de matéria seca L-1.
5. Considerando-se a incorporação de sais ao solo pela irrigação e sua retirada pela planta, o tratamento T1 foi o mais eficiente, com uma retirada de 13,84% do total incorporado, enquanto o percentual de retirada para o tratamento T4 foi de apenas 5,20%.

ABSTRACT
Looking forward to reduce environmental impacts resulting from desalinization of brackish water in the region of the crystalline rocks in the semi-arid Brazil, saltbush (Atriplex nummularia) was cultivated during one year with four different volumes of aquiculture effluent generated from an intensive tilapia (Oreochromis sp) raising system, with a mean salinity of 8.29 dS m-1, in an experimental field of Embrapa Semi-Arid. A completely randomized block design, with four treatments and three replications was used. The treatments T1, T2, T3 and T4 corresponded, respectively, to the weekly volumes of irrigation of 75, 150, 225 and 300 L of water per plant. The mean soil salinity of the cropped area, in the depth of 0 - 90 cm, was 0.40 dS m-1 before starting the irrigation process. After the plants were harvested, the mean soil salinity in the profiles was 8.02, 6.09, 4.97, and 4.60 dS m-1 for treatments T1, T2, T3 and T4, respectively. The saltbush dry matter yields were 9.75, 12.26, 14.49 and 13.81 t ha-1 for treatments T1, T2, T3 and T4, respectively. The highest dry matter production per unit of applied water was for treatment T1, which yielded 4.84 g L-1 of effluent. The same treatment had the best relation input/output of salt by the saltbush, removing 13.84% of the total salt incorporated into the soil.
Key words: saltbush, salinity, irrigation

LITERATURA CITADA
Amorim, M. C. C. de; Porto, E. R.; Silva Júnior, L. G de A.; Liberal, G. de S. Efeito de sais no solo provenientes de rejeitos da dessalinização por osmose inversa, no semi-árido pernambucano. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, 26., 1997, Campina Grande. Anais... Campina Grande: SBEA; UFPB, 1997. CD-Rom [ Links ]
Brown, J. J.; Glenn, E. P.; Fitzsimmons, K. M.; Smith, S. E. Halophytes for treatment of saline aquaculture efluent. Aquaculture, Amsterdam, v. 175, p. 255-268, 1999. [ Links ]
Claessem, M. E. C. (org.) Manual de métodos e análises de solo, 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1997. 212p. Documentos, 1 [ Links ]
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa-SPI, 1999. 412p. [ Links ]
Glenn, E.; Tanner, R.; Miyamoto, S.; Fitzsimmons, K.; Boyer, J. Water use, productivity and forage quality of the halophyte Atriplex nummularia grown on saline waste water in desert environment. Journal of Arid Enviroments, London, v.38, n. 9, p. 45-62, 1998. [ Links ]
Miyamoto, S. Water use and potential irrigation scheduling of halophytes. In.: Halophyte utilization in agriculture, Agadir, Morocco: Bari-Institute. 1993. p.99-146. [ Links ]
Miyamoto, S.; Glenn, E. P.; Olsen, M. W. Growth, water use and salt uptake of four halophytes irrigated with highly saline water. Journal of Arid Environments, London, v.32, n. 2, p.141-159, 1996. [ Links ]
Miyamoto, S.; Glenn, E. P.; Singh, N. T. Utilization of halophytic plants for fodder production with brackish water in subtropic deserts. In: Squires, V. R.; Ayoub, A. T. (ed) Halophyte as a resource for livestock and for rehabilitation of degraded lands. Amsterdam: Kluwer Academic, 1994. p.43-75. [ Links ]
Montenegro, A.; Montenegro, S.; Silva, V. P.; Marinho, I.; Silva, J. G.; Bezerra, R.; Barros, M. K. Uso múltiplo da água subterrânea nas áreas de domínio do Programa Xingó, com ênfase no desenvolvimento de halófitas. In.: Congresso Mundial de Águas Subterrâneas, 1, 2000, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, 2000. CD-Rom [ Links ]
Moore, R. T.; White, R. S.; Calowell, M. M. Transpiration of Atriplex confertifolia and Eurotia lantana in relation to soil, plant and atmospheric moisture stress. Canadian Journal of Botany, Ottawa, v.50, p.1411-1418, 1972. [ Links ]
O'Leary, J. W. A critical analysis of the use of Atriplex species as crop plant for irrigation with highly saline water. In: Ahmad, R.; San Pietro, A. (ed.). Prospects for biosaline research. Karachi: Karachi University, 1986. p. 416-432. [ Links ]
O'Leary, J. W.; Glenn, E. P.; Watson, M. C. Agricultural production of halophytes irrigated with seawater. Plant and Soil, Dordrecht, v. 89, p. 311-321, 1985. [ Links ]
Oliveira, M. C. de. Leucena: suplemento protéico para a pecuária do semi-árido no período seco. Petrolina, PE: Embrapa Semi-Árido. 2000. 14p. Circular Técnica, 51 [ Links ]
Porto, E. R.; Amorim, M. C. C. de; Silva Júnior, L. G. de A. Uso do rejeito da dessalinização de água salobra para irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.5, n.1, p.111-114, 2001. [ Links ]
Rhoades, J. D. Use of saline and brackish water for irrigation: implications and role in increasing food production, conserving water, sustaining irrigation and controlling soil and water degradation. In: International Executive Council Meeting, 49.; ICID Afroasian Regional Conference, 10.; International Workshop on the Use of Saline and Brackish Water for Irrigation: Implications for the Management of Irrigation, Drainage and Crops, 1998, Bali, Indonesia. Proceedings... Bali: ICID-CIID, 1998. p.261-304. [ Links ]
Silva, D. J.; Queiroz, A. C. Análise de alimentos (métodos químicos e biológicos). Viçosa: UFV, 3.ed., 1990. 165p. [ Links ]
SAS Institute, SAS/FSP user's guide: release 6.03 edition. Cary, 1989. 331p. [ Links ]
Protocolo 191.03 - 15/12/2003 - Aprovado em 10/10/2005

Everaldo R. PortoI; Miriam C. C. de AmorimII; Maria T. DutraIII; Renata V. PaulinoIV; Luiza T. de L. BritoI; Ana N. B. MatosI
Embrapa Semi-Árido, BR 428, km 152 - Zona Rural, CP 23. CEP 56302 - 970, Petrolina, PE. Fone: (87) 3862-1711. E-mail: erporto@cpatsa.embrapa.br; luizatlb@cpatsa.embrapa.br; ananeryb@yahoo.com.br
IICompanhia Pernambucana de Saneamento, Av. 31 de Março s/n, Centro. CEP 56300 -000 Petrolina, PE. Fone: (87) 3861-1611. E-mail: miriamcleide@ig.com.br
IIICEFET, BR 407, km 08, Jardim São Paulo. CEP 56314-520 Petrolina, PE. Fone: (87) 3863-2330. E-mail: tdutra@yahoo.com.br
IVFundação Banco do Brasil, Rua Ademar de Andrade Silva 125, Cohab Massangano. CEP-56310-640 Petrolina, PE. Fone: (87) 3867-0863.
E-mail: valerenata@yahoo.com.br

PINHÃO MANSO


Pinhão Manso consorciado com Capim "Fazenda em Ribas com 2 mil ha Mato Grosso do Sul"













Mapa autoriza a produção e venda das sementes de pinhão manso no País.
A produção, comercialização de sementes ou de mudas de pinhão manso (Jatropha curcas L.) foram regulamentadas no País.
Segundo a Instrução Normativa nº4, de 14/01/2008, editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e publicada no diário Oficial da União desta terça-feira (15), a cultivar já pode ser inscrita no Registro Nacional de Cultivares (RNC), sem a exigência de mantenedor.


É uma cultura existente de forma espontânea em áreas de solos pouco férteis e de clima desfavorável à maioria das culturas tradicionais, o Pinhão Manso é hoje considerada uma das mais promissoras plantas oleaginosas em todas as regiões do Brasil para produzir muito Biodiesel durante mais de 50 anos e ajudar e muito no reflorestamento da nossa Terra, melhorando solos degradados e o clima, enfim fazendo com que nossa "casa" nos proporcione melhores condições de vida.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PINHÃO MANSO PARA OBTENÇÃO DE BIODIESEL
Veja abaixo, e você terá 22 excelentes motivos para começar o seu plantio agora.

01 - Planta altamente adaptável, com grande habilidade para crescer em locais pobres, secos.
02 - Pode ser cultivada desde o nível do mar até em altitudes superiores a 1000 m, adaptando-se tanto nos terrenos de encosta, áridos, como em solos úmidos.
03 - Não é atacada (até o presente) por nenhuma praga. Planta de fácil propagação e plantio.
04 - As doenças e os insetos não a atacam, pois ela segrega um leite que queima.
05 - Pode crescer e sobreviver com poucos cuidados em terras de pouco fertilidade e produz bem.
06 - Aceita todo o tipo de solo, arenoso, calcário, salino e pedregoso e solos de baixa fertilidade.
07 - Se desenvolve em áreas áridas e semi-áridas, de baixa precipitação, 200 mm/ano como mínimo e altas precipitações como 900/1.200 mm/ano.Suportou com sucesso secas na Índia.
08 - Também, plantada com maior espaçamento, aceita o cultivo intermediário de outros vegetais como feijão etc. e aceita a presença de gado que não causa mal as plantas de Pinhão Manso.
09 - Cresce rápido (1a. colheita aos 12 meses ) e de vida longa, produz por mais de 50 anos.
10 - Sementes não comestíveis (tóxica), nem levadas por pássaros ou animais.
11 - Biodiesel produzido foi testado por Daimler Chrysler com ótimos resultados.
12 - Controle de erosão (redução da erosão do vento ou da água). Melhoria da fertilidade do solo.
13 - Aumenta a renda dos produtores rurais.Produção de energia nas áreas rurais.
14 - Suas folhas podem alimentar a lagarta produtora do fio de seda, servir para a elaboração de diversos medicamentos e suas flores garantem uma boa produção de mel.
15 - Ecologicamente correto, não usa agrotóxicos, ao menos por enquanto.
16 - As arvores alcançam a altura de 3 m em media o que faz com que a colheita seja muito fácil.
17 - A torta , pode ser utilizada como adubo orgânico e fertilizante, ou se desintoxicada, como excelente fonte de alimentação para animais.
18 - Portanto, em um projeto integrado com pequenos produtores, estes alem das sementes oleaginosas poderão cultivar suas culturas de sustento e se dedicar a outras atividades como criação de animais, produção de mel etc. Um projeto de alta abrangência social. A propagação pode ser feita por sementes ou estacas. Preferimos a produção por sementes e cultivadas sob sombrite em viveiro para posterior venda e distribuição aos produtores, assim teremos certeza de que o plantio será uniforme. A produção de mudas em viveiro permite um melhor controle, irrigação adequada e principalmente uma boa fonte de renda na venda de mudas para plantio.
19 - Em relação a mamona, o pinhão manso leva vantagens na qualidade do produto. "O óleo de pinhão manso é menos viscoso, facilitando a produção de Biodiesel", esclareceu o cientista da Embrapa Marco Drumond. Além disso, a mamona cultivada comercialmente precisa ser replantada a cada dois anos enquanto o pinhão manso é uma planta perene, sem necessidade de replantio, alem do que a sua produção por Hectare ser em média 10 vezes superior a mamona.
20 - Alta produção por hectare. cerca de 6.000 a 8.000 quilos de semente com aproximadamente 2.500 a 3.500 litros de óleo e uma renda média anual aproximada de R$ 4.416,00 por ha.
21 - As nossas sementes e as plantas delas derivadas estão sendo pesquisadas pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA Unesp Botucatu SP e também pela EMATER-RJ VALENÇA, e todo o resultado obtido, serão repassados aos nossos clientes/associados que adquirirem o Kit-Plante-Pinhão-Manso.
22 Você terá um PLANO DE NEGÓCIOS SOBRE BIODIESEL e que cujo valor de mercado está sendo vendido por cerca de R$ 400,00 por algumas empresas com o nome de BUSINESS PLAINS alem de mais 94 MANUAIS SOBRE A CULTURA DO PINHÃO, BIODIESEL, COOPERATIVAS e muito mais.
clique aqui para ver a relação completa dos arquivos que fazem parte do LINK-CD-BRINDE


ÓLEO DE PINHÃO MANSO EM MOTORES A DIESEL
O óleo do pinhão manso pode ser utilizado puro, nos motores diesel, basta instalar um kit fornecido pelo Fendel (custa R$ 500,00). Resolve todas as necessidades de energia para geradores (energia elétrica) e transportes. O resíduo produzido é um adubo de excelente qualidade, podendo ser aproveitado para produção de alimentos orgânicos. E, principalmente, é capaz de gerar renda substancial para a agricultura familiar. Entretanto, será necessário a formação de cooperativas ou associação de produtores, a fim de gerar produção em larga escala, para fins de comercialização da produção, tanto no mercado interno ou para exportação. A Europa precisará de 10 milhões de toneladas de óleo vegetal, em 2010, somente para suprir a exigencia mínima ajustada, visando redução dos índices de poluição. O Brasil apresenta as melhores condições para produzir o óleo vegetal e não pode perder a oportunidade.

Folha de S. Paulo de 01/02/07, tirada durante a inauguração da usina de Crateús da Brasil Ecodiesel. Para aqueles pouco familiarizados, a planta que o Presidente está segurando é o agora famoso, pinhão-manso (Jatropha curcas). O presidente há tempos vem aos poucos falando da planta, e hoje aparece no jornal de maior circulação do Brasil segurando o pinhão manso, e não mais a mamona.
Talvez o maior motivo pelo qual Lula está associando sua imagem ao pinhão manso é o fator social da planta. O pinhão manso não é uma cultura mecanizada e ao contrário da cana, precisa de mão de obra o ano inteiro. Isso geraria emprego fixo no campo, muitos empregos e muita renda para a agricultura familiar.
O pinhão manso pela sua eficiência e alta produtividade em larga escala e tambem por sua longevidade pode deixar um legado que nenhum presidente se arriscaria a deixar passar.


BIODIESEL - EXTRAÇÃO DO ÓLEO DA SEMENTE DO PINHÃO-MANSO
Ensaios feitos com o óleo extraído do pinhão-manso, comparando-o com o diesel, deram bons resultado, o ruído mais suave e a emissão de fumaça, semelhante. Considerou-se também possível o uso desse óleo não apenas como combustível, mas também na indústria de tintas e de vernizes.
Análises posteriores mostraram que o óleo de pinhão-manso tem 83,9% do poder calorífico do óleo diesel e usado como substituto do diesel, o consumo será 10,1% maior.Além disso, a torta que resta é um fertilizante rico em nitrogênio, potássio, fósforo e matéria orgânica. Desintoxicada, a torta pode também ser transformada em ração, como tem sido feito com a torta de mamona. E a casca dos pinhões pode ser usada como carvão vegetal e matéria-prima na fabricação de papel.
MAIS 100 VANTAGENS DA CULTURA DO PINHÃO MANSO
01- É uma planta perene.
02- Produz bem em terras menos férteis.
03- É uma planta socialmente correta.
04- É uma planta rústica.
05- Produz mudas com facilidade.
06- Tem manejo e tratos culturais simples.
07- Emprega mão de obra sem qualificação.
08- Gera empregos fixos no campo
09- Produz óleo combustível que substitui o caro diesel mineral.
10- A torta é um adubo rico em nitrogênio, fósforo e potássio.
11- A torta serve como substrato.
12- A torta decomposta em biodigestores produz gás gerando calor e energia elétrica.
13- Seu plantio recupera solos degradados.
14- Inicia a produção 120 dias após o plantio.
15- Poucas pragas atacam.
16- Colhem-se seus frutos por cerca de seis meses.
17- Sua colheita pode ser antecipada se houver irrigação das plantas no inicio da primavera.
18- Tem raízes profundas por isso à irrigação pode ser feita com intervalos entre 20 e 30 dias por gotejamento.
19- A partir do sexto mês de idade as plantas não são mais atacadas por formigas.
20- Pode ser plantada em consórcio com hortigranjeiros.
21- Pode ser plantada consorciada com seringueira.
22- Não há necessidade de derrubar todas as plantas nativas da área.
23- Sua produção não concorre com plantas destinadas à alimentação.
24- O preço do seu óleo ficará atrelado ao preço do petróleo.
25- Tem um crescimento rápido e vigoroso.
26- Produz mais em terras férteis.
27- É uma ótima fonte de renda para pequenas propriedades rurais.
28- Seu óleo pode ser usado como repelente de insetos em pomares.
29- O óleo pode ser usado para o combate à mosca do chifre.
30- Pode ser plantada em áreas onde a agricultura mecanizada é inviável.
31- Não precisa de máquinas para o seu cultivo.
32- Produz 5.000 quilos de grãos por hectare.
33- Produz 1.650 litros de óleo por hectare.
34- Produz 3.200 quilos de torta por hectare.
35- Seu óleo bruto tem um rendimento em éster superior a 94%.
36- Controla a erosão.
37- Evita a desertificação.
38- Tolera irrigação com água salobra.
39- Seu óleo pode ser usado para a fabricação de tintas e vernizes.
40- Seu óleo serve como remédio.
41- Mata a tiririca.
42- O gás produzido pela fermentação anaeróbica é fonte de calor
43- O gás metano gerado pela sua torta é combustível para motores que geram energia elétrica.
44- Seu óleo transformado em biodiesel polui 80% menos que o diesel.
45- O biodiesel do seu óleo não contém enxofre.
46- Seu biodiesel é ecologicamente correto.
47- Pode ser plantado pelo produtor sem afetar suas outras atividades.
48- É uma árvore de sombra, pode ser plantada no quintal.
49- Seqüestra cerca de 8 quilos de gás carbono por planta ano. No mercado a tonelada vale US$ 15,00
50- Podemos fazer sabão com seu óleo. 51- Seu óleo pode ser usado em lamparinas.
52- Em lamparinas seu óleo não faz fumaça.
53- Se plantada com espaçamento de 20 cm podemos fazer encerra de porcos.
54- Serve como quebra vento.
55- Podemos fazer divisões de pastos, substituindo a cerca de arame.
56- Os pássaros não comem suas sementes.
57- Os animais não comem suas sementes.
58- Pode ser plantado em consórcio com mamona.
59- Pode ser plantado em consórcio com leucena.
60- Pode ser plantada em consórcio com moringa.
61- Tira o mau olhado, por isto era plantado à esquerda na entrada de sua casa, segundo a crença popular.
62- Pode ser plantada em consórcio com sisal.
63- A casca das sementes serve como ração animal.
64- A casca das sementes pode ser queimada em caldeiras gerando calor.
65- O chá de suas folhas combate a malária.
66- Podem ser feitas mudas por estacas.
67- Dá frutos no broto do ano.
68- Aceita muito bem a poda.
69- Floresce entre três e cinco vezes por ano.
70- Ocorre uma bifurcação de brotos após a florada.
71- Suas flores dão um excelente mel e podem ser instalados apiários próximos às plantações.
72- Produz entre 20 e 40 quilos de mel por ha.
73- Sua produtividade aumenta com o consórcio com abelhas, já que a polinização de suas flores é cruzada.
74- Há um aumento de renda com a venda do mel.
75- Pode-se consorciar com carneiros
76- O mel de suas flores tem propriedades medicinais.
77- Seu albúmen contém amido e pode produzir álcool.
78- Suas folhas e galhos cortados servem de cobertura no solo.
79- Seus galhos e folhas depois de decompostos se transformam em matéria orgânica.
80- Seus galhos podados podem ser transformados em celulose.
81- Seus galhos triturados podem ser transformados em gás metano.
82- Seu óleo aplicado em pomares espanta a mosca da fruta.
83- Pode ser plantada em 90% do território brasileiro.
84- É uma planta que exige calor e pouca de umidade.
85- Sua seiva é remédio para feridas.
86- É uma planta heliófila (de pleno sol).
87- Não é uma planta invasora.
88- O diesel mineral é mais caro que seu óleo.
89- Serve para produzir energia.
90- A planta iniciará a era da agroenergia.
91- Pode ser plantada em consórcio com a pupunha.
92- Pode ser plantada em consórcio com a palmeira real.
93- Pode ser plantada em consórcio com o palmito jussara.
94- Pode ser feito consórcio com gado leiteiro.
95- Pode ser plantado no quintal de casa.
96- Um trabalhador cuida de 15 hectares.
97- Requer pouco investimento.
98- Pode ser plantada em consórcio com o Açaí.
99- É planta altiva e de porte elegante.
100- Finalmente, por que dá muito lucro!


OUTRAS OLEAGINOSAS - PRODUÇÃO P/ HECTARE (em KILOS DE SEMENTES)
Planta - Produção Mínimo Maximo
01-Dendê 3000 12000
02-Pinhão Manso 1800 8000
03-Coco 2100 2900
04-Abacate 2200 2800
05-Castanha do Pará 2000 2500
06-Macadamia 1920 2240
07-Jojoba 1640 2000
08-Noz Pecan 1430 1520
09-Mamona 740 1500
10-Carnaúba 1300 1450
11-Azeitona 1200 1400
12-Amendoim 900 1100
Planta - Produção Mínimo Maximo
13-Cacau 800 1000
14-Girassol 720 940
15-Arroz 700 900
16-Gergelim 600 800
17-Semente de Coentro 530 570
18-Semente de Abóbora 500 600
19-Café 450 500
20-Soja 440 1300
21-Palma 300 400
22-Caroço de Algodão 280 340
23-Castanha de Caju 170 220
24-Milho 170 200


PLANTAÇÃO DE PINHÃO MANSO

PLANTA E SEMENTES DE PINHÃO MANSO

..a terra, pois, produziu relva, ervas que davam sementes segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente segundo as suas espécies e viu Deus que isso era bom. Genesis-1.1
Já recebemos através da Associação Brasileira de Plantadores de Pinhão Manso -ABPPM- solicitação de uma empresa do Japão ( clique aqui e veja copias dos e-mail's ) para fornecimento de 5.000 a 20.000 toneladas mensais de óleo bruto de pinhão manso para entrega imediata e com contrato de no mínimo para três anos de fornecimento o que equivale a 720.000 toneladas no período e tambem contatos da Espanha de investidores que pretendem investir muito capital no Brasil na produção de óleo de pinhão. Estamos definindo projetos para captação de CRÉDITOS DE CARBONO, porque existem hoje cerca de 50 Bilhões de dólares a serem distribuídos pelo Protocolo de Kioto através dos paises desenvolvidos e que produzem muita poluição.
.Clique aqui para solicitar a suas sementes

SOB PRESSÃO, GOVERNO LEGALIZA PLANTIO DO PINHÃO-MANSO

(Valor) A explosão do plantio de soja transgênica no fim dos anos 90 forçou o governo legalizar o seu plantio. Agora o mesmo acontece com o pinhão-manso. Pressionado por produtores e usineiros, o governo vai alterar a legislação para que a produção comercial de sementes e mudas seja legalizada.

A Lei nº 10.711/03, estabelece que somente variedades de plantas inscritas no Registro Nacional de Cultivares podem ser produzidas em escala comercial. No caso da soja, por exemplo, há mais de 400 variedades inscritas. Como o pinhão-manso não era utilizado para produção comercial, ainda não tinha o registro e, por isso, há cerca de 45 dias, uma carga de 10 toneladas foi apreendida no Mato Grosso. "Isso motivou os produtores a pedirem uma solução ao governo, que afinal é o que mais defende o plantio do pinhão-manso para biodiesel", afirma Mike Lu, presidente da recém-criada Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão-Manso (ABPPM).

Sob pressão política, o Ministério da Agricultura aceitou inscrever a planta no Registro Nacional de Cultivares, mesmo sem estudos sobre a origem genética da cultura. No entanto, o pinhão foi inscrito como espécie, e não como variedade ou cultivar. A produção ficará condicionada à assinatura de um termo de compromisso entre produtores e processadores e depende do crivo da Consultoria Jurídica do Ministério da Agricultura.

"O problema é que não existem estudos sobre o pinhão-manso no Brasil. Hoje não sabemos sequer quais são as variedades disponíveis", afirma Marcos Drummond, pesquisador da Embrapa Semi-Árido. Segundo ele, estudos internacionais afirmam que a planta pode produzir 8 mil quilos por hectare, mas estudos feitos pela Embrapa apontam uma produtividade média de 1,1 mil quilos por hectare com irrigação. "Houve muita pressão pelo governo para que a Embrapa desse aval ao plantio, mas o que podemos dizer até agora é que a planta tem potencial, mas ainda falta saber qual a melhor variedade e a melhor maneira de cultivá-lo", diz Drummond.

Álvaro Nunes Viana, diretor de Fiscalização de Insumos Agrícolas do ministério, pondera que o artigo 47 da Lei de Sementes permite a inscrição como espécie. "Há limitações ao plantio. Não tem um sistema, a maturação não é uniforme e há risco de disseminação de pragas e doenças. Não podemos ficar omissos, em nome do interesse público, e também não podemos endossar totalmente".

O acordo político patrocinado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, prevê um plano de monitoramento para garantir critérios de cultivo. "A Embrapa e a Epamig vão aproveitar para obter dados para o sistema de cultivo", diz Viana. "Temos que alertar para os riscos de um fracasso", afirma.

De acordo com a ABPPM, enquanto o quilo de soja (que rende 200 ml de óleo) é vendida a R$ 0,67 em média, o quilo da semente de pinhão-manso custa R$ 0,30 e gera em torno de 400 ml de óleo bruto. Conforme dados da Embrapa, a área plantada com pinhão-manso no país saltou de 500 hectares em 2006 para 20 mil neste ano. E a previsão é aumentar para 50 mil hectares no próximo ano, o que exigiria uma produção adicional de 300 toneladas de sementes.


www.plantebiodiesel.com.br

Pesquisa avalia qualidade forrageira de pinhão manso

Data: 15/05/2007
Fonte: EMBRAPA


Plantio consorciado com capim buffel

Análises de folhas de pinhão manso cultivados em condições irrigadas e em sequeiro encontraram valores de proteína bruta ao redor de 14,5% e disgestibilidade de 55%. Estes índices são próximos aos encontrados em plantas de média e boa qualidade forrageira. Os testes foram realizados no Laboratório de Nutrição Animal da Embrapa Semi-Árido (Petrolina-PE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Os pesquisadores da Embrapa, que já estudam as propriedades oleaginosas da espécie e o sistema produtivo adequado à introdução da planta no programa brasileiro de biocombustíveis, avaliam qualidades forrageiras para viabilizar sua introdução pelos agricultores familiares do Semi-árido. "Se viabilizarmos estas duas aptidões do pinhão manso damos um passo importante para consolidar uma alternativa econômica sustentável para os pequenos agricultores da região", afirma o pesquisador José Barbosa dos Anjos, da Embrapa Semi-Árido.
Domesticação – Apesar dos resultados animadores, o pinhão manso ainda carece de informações agronômicas consistentes para o seu cultivo em escala comercial. Em todo o planeta, a espécie está em vias de domesticação. Dados sobre produtividade, manejo de pragas e doenças, podas e espaçamento entre plantas, praticamente não existem na literatura técnico-científica. Por isto, ainda não é recomendado o seu uso forrageiro: a planta apresenta princípios tóxicos que ainda não foram dosados em condições brasileiras. Eles vão ser os próximos alvos de estudos, explica o pesquisador Luiz Gustavo Ribeiro Pereira.
No ensaio piloto conduzido no Laboratório de Nutrição Animal com ovinos foi constatado que, em conseqüência da elevada acidez no látex (pH variando entre 2,0 e 3,0), as folhas verdes de pinhão manso não são ingeridas pelos animais. Contudo, quando processadas e submetidas ao processo de secagem ao sol (fenação), os animais consumiram sem dificuldade. No entanto, Luiz Gustavo aponta a necessidade de estudos mais aprofundados e detalhados para avaliação de consumo, desempenho, digestibilidade e impactos no metabolismo e saúde dos animais. Em outros países, já foram identificados na planta do pinhão manso a presença de fatores cancerígenos, anti-tripicínicos, alergênicos, e tóxicos (curcina).
Diversificação – Tão importante quanto a necessidade de pesquisas, José Barbosa dos Anjos considera fundamental estabelecer uma estratégia de exploração para o pinhão manso. Nas áreas de sequeiro do Semi-árido, o cultivo comercial de pinhão manso precisa ser estimulado não como monocultivo, mas alternativa para ampliar a diversificação dos seus sistemas agrícolas.
A continuar os bons resultados alcançados pelas pesquisas até o momento, Barbosa considera a possibilidade do plantio consorciado com capim buffel. Na área semi-árida do Nordeste, existem cerca de 400 mil ha cultivados com este capim. Como os animais não consomem as folhas verdes do pinhão manso, este pode ser uma opção estratégica para plantio nas terras cultivadas com o buffel, defende Barbosa.
Mais pesquisas - O pinhão manso é encontrado em vários países sob as mais variadas condições ambientais. Algumas características já identificadas, como o longo ciclo produtivo, animam os pesquisadores a agilizarem os estudos que visam domesticar a planta. Em testes experimentais realizado no campo experimental da Embrapa, em Petrolina-PE, para avaliar o desempenho produtivo, o pesquisador Marcos Drumond colheu cerca de 1000 kg de sementes por hectare com irrigação semanal a partir do sexto mês de cultivo. "Sob plantio de sequeiro, a colheita foi de 250 kg de sementes por hectare. Embora sejam resultados do primeiro ano de plantio, estas quantidades mostram quanto é promissor o cultivo desta espécie oleaginosa", afirma.
Na Embrapa Semi-Árido são realizados estudos para eliminar toxicidade de tortas e farelos de pinhão manso, assim como da viabilidade de utilização por diferentes espécies animais (caprinos, ovinos e bovinos). Outro estudo em andamento é a exploração do pinhão manso (Jatropha curcas L) por meio de enxertia sobre plantas de pinhão bravo (Jatropha molissíma Muell Arg.), que vegetam espontaneamente em áreas degradadas da caatinga. A idéia, segundo José Barbosa, é aproveitar a resistência e rusticidade da espécie nativa visando oferecer uma alternativa de enriquecimento da vegetação natural, associado à produção de matéria-prima para produção de biodiesel.
Atualmente, pesquisadores da Embrapa Semi-Árido desenvolvem projetos relacionados ao pinhão manso em campos experimentais localizados no pólo Petrolina-PE, Juazeiro-BA e Nossa Senhora da Glória-SE, em condições de sequeiro e irrigação. Os testes também vão ser realizados em áreas de variadas condições de solo e clima dos estados de Pernambuco e Bahia. Marcos Drumond explica que as plantas mais produtivas no primeiro ensaio instalado foram selecionadas e estão sendo multiplicadas para cultivo em outros estados. Isto representa o primeiro passo para o melhoramento genético da espécie.
As pesquisas serão estendidas por meio de parcerias com outras instituições como a Prefeitura Municipal de Serra Talhada-PE, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Senhor do Bonfim-BA, Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. Áreas experimentais serão implantadas em conjunto com a empresa privada Indústria Brasileira de Resinas (IBR) nos municípios de Jacobina e Ourolândia, situados na região noroeste da Bahia, no extremo norte da Chapada Diamantina, a 330 quilômetros de Salvador-BA.
Marcelino Ribeiro
Embrapa Semi-Árido (Petrolina-PE)
E-mail: marcelrn@cpatsa.embrapa.br
Tel: (87) 3862 1711

NIM, Contra Pragas - Controle de Natalidade Masculino e Feminino.










Produtos Industriais do Nim

Óleo do Nim - O óleo do nim é composto basicamente de triglicerideos de oleico, steárico, linoleico, e palmitico. O óleo de nim é usado principalmente em lamparinas, sabões, e outros produtos não comestíveis. É usado por fabricantes de sabão por ser barato.
Cosméticos - o nim é tido na India como um produto de beleza. As folhas do nim pulverizadas são um componente fundamental de pelo menos um creme facial muito usado. O óleo do nim purificado é também usado em esmaltes e outros produtos.
Lubrificantes - O óleo do nim é lubrificante e resiste a degradação melhor que a maioria dos óleos vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é usado com freqüência para lubrificar rodas de carroças.
Fertilizante - O nim demostrou um potencial considerável como fertilizante

1 - A pasta do nim - é amplamente usada na Índia para fertilizar plantações com objetivos comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e hortaliças, pois contém nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. Quando misturada na terra como adubo, protege as raízes das plantas de nematóides e formigas brancas.
2 - As folhas do nim - em algumas áreas do estado de Karnataka na India as pessoas cultivam a árvore especialmente por sua folhas verdes e galhos, os quais são jogados dentro dos arrozais encharcados, antes das mudas serem transplantadas.
Madeira - As propriedades da madeira do nim se parecem com as do mogno. É relativamente pesado e quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja fácil de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secado com cuidado por que geralmente se parte e empena. É uma madeira boa para construções e amplamentos usados na fabricação de carroças, ferramentas manuseáveis e implementos agrícolas. É também comum o seu uso nas fabricações de móveis. É raramente atacado por formigas brancas e é resistente ao cupim.
Combustível - O nim produz diversos combustíveis úteis. Seu óleo é queimado em lamparina, sua madeira usada como lenha. A casca da semente que não possui óleo e é desperdiçada na fabricação de pesticidas é amplamente empregada como combustível. O carvão produzido da madeira do nim é de excelente qualidade.
Outros Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do nim - Resina e um material que contém muitas proteínas. É possível usa-lo como aditivo alimentar e é amplamente usado como cola do neem. A casca do nim contém 14% de tanino. Ela produz fibras grossas e fortes, que entrelaçadas transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel - apicultores plantam árvores do nim para adquirirem o mel de sua flores. Há relatos de pessoas que comem o nim. Dizem que Mahatma Gandhi, que possuía um grande respeito pelos efeitos nutritivos das plantas, sempre preparava um molho picante com as folhas do nim e comia com deleite, apesar de seu incrível gosto amargo. A polpa das frutas do nim é uma base promissora para a geração do gás metano e também pode servir como uma rica base de carboidratos para outras fermentações industriais.
Efeitos do Nim em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.
Insetos Afetados por Produtos do Nim
Mosca do Chifre - Mosca Branca - Mosca Caseira - Piolhos - Grilos - Formigas de Fogo - Gorgulho do Arroz - Barata, etc...
Uso do Neem
Casca - é amarga adstringente, acre, refrescante, lombrigueiro, inseticida, tônico para o fígado, expectorante e retentor da urina, É útil em condições anormais de lepra, doenças da pele, eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos, úlceras, azia, tumores, glândulas, aminorreias, reumatismo, sífilis, e fadiga.
Folhas - são amargas adstringentes, acres. Depurativas, anti-sépticas, oftálmicas, lombrigueiras, abrem o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes. São úteis em azias, lepra, leucoderma, doenças de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras, tuberculoses, bolhas, eczema, e febres de malária. Tônicas, são úteis em cólicas e debilidades gerais.
Sementes - são amargas, acres, termogênicas, purgantes, lombrigueiras, retentores de urina, emolientes, calmantes, depurativas. São úteis em condições anormais de tumores, lepra, da pele, lombrigas, hemorróidas, tuberculoses, ferimentos, constipação e diabetes.
Óleo - é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e depurativo. É útil em doenças crônicas da pele, impigem, sarna, lombrigas, febre de malária, sífilis e lepra.
Neem e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na Índia. A produção de grãos comestíveis gira em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se que no ano 2000 a India necessitaria em torno de 210 milhões de tonelada de grãos comestíveis, tendo em vista o fato de que anualmente 6 milhões de toneladas são perdidos devido a pragas nas lavouras, ervas daninhas, roedores, pássaros e más condições do tempo e de estocagem. O uso de pesticidas, tornou-se essencial. O uso de pyretroides sinteticos nos últimos anos causou a propagação da mosca branca, no algodão em Gujarat, Andhra pradesh e em localidades do Tamil Nadu. Constantes resíduos de pesticidas altamente tóxicos DDT HCH e o Chorinated Hydrocarbon foram encontrado em hortaliças frutas, leites, óleos, manteiga, e carne, tanto quanto em leite materno. A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas químicos que deveriam ser usados para o controle de pestes. Os biopesticidas produzidos do nim são de grande eficácia e comercialmente viáveis. Baratos, possuem efeitos a longo prazo, não poluem e não são nocivos à saúde humana.
Bactérias: Biopesticida de mais sucesso até o momento é op Bacillus Thuringiensis *(B.T) existem 25 tipos de B.T. sendo usados contra pragas. Eles produzem várias toxinas inseticidas tais como exoand Endotoxins, que são responsáveis pela morte de insetos tão logo penetrem em seus corpos. Aproximadamente 525 insetos de vários tipos foram encontrados infectados pelo B.T. muitos produtos comerciais do B.T. foram fabricados por aproximadamente 12 empresas em 5 países e são denominados Thuricide, Bakthne, Bacttodpein, etc. essas formulas são excelentes no controle de peste da couve, tais como diamond heliothis do algodão e do milho, brocas européias do milho. Larva do Chifre do tabaco e largarta, do Castanheiro da Índia, foram relatada nos últimos anos.
Fungos: Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que incluem mais de 500 espécies de parasitas e fungos predatório eficazes contra inúmeros insetos fungos e nematoides.
Nim: Um Biopesticida
Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz
Controle da bacteria que faz secar as folhas
Controle do caruncho que afeta o coqueiro
Controle das doeças de hortaliças
Controle do caruncho do gengibre
Controle patogênico de bacterias em plantas
Controle de doenças viróticas em plantações de hortaliças
Controle do vírus mosaico da pimenta usando produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é usado no controle do bullwowrm do algodão. nim é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a vagem, o arroz, etc... o óleo do neem preserva as folhas do algodão.
Apesar de cientistas se empenharem em descobrir plantas com características medicinais nos cantos mais remotos do mundo, o nim cresce nos jardins de casas e universidades da Ásia e da África sem chamar a atenção. A familiaridade com a planta fez com que cientistas não estudassem as propriendades do nim. Mas hoje em dia pesquisadores de todo o mundo estão empenhados em entender como funcionam os princípios ativos do nim para compreender como uma planta pode ter tantas utilizações. Atualmente a utilização do nim na agricultura é o que mais chama a atenção.
Nim como inseticida:
A maior parte das pesquisas sobre o nim é dedicada ao uso da planta na agricultura. Depois de estudar cerca de 250 espécies de plantas com características que podem contribuir para o controle de insetos e pragas, o consenso geral foi de que o nim é a plante de maior eficiência e de menos impacto ambiental. Inseticidas feitos à base de nim já estão sendo oferecido ao público. Ao que tudo indica o nim será uma alternativa natural aos inseticidas sintéticos.
Em 1990, mais de 15 milhões de toneladas de insticidas sintéticos foram aplicados a jardins e gramados nos Estados Unidos. Normalmente estes inseticidas são toxidas que atacam o sistema nervoso dos insetos de forma rápida e letal. Apesar de serem realmente efetivos, esses inseticidas matam insetos de forma indiscriminada, incluindo insetos benéficos como abelhas e borboletas, e também são uma ameaça real para outros animais que cruzem a área onde a substância está sendo aplicada (como minhocas, passarinhos, esquilos, cachorros, gatos e até mesmo pesssoas). A maior parte dos fabricantes de inseticidas recomendam que não se ande descalço sobre a superfície que recebeu a substância por três dias.
Pessoas que vivem a até 300 metros de onde o inseticida foi aplicada podem ser afetadas pela evaporação do produto. Inseticidas podem causar desde dores de cabeça até perda de sensibilidade nos membros.

As propriedades naturais do nim não causam qualquer reação tóxica. O nim serve como inseticida porque a maioria dos insetos e pragas não se alimenta de plantas cobertas com nim, mesmo que a opção seja morrer de fome. O nim ainda como repelente e reduz a capacidade dos insetos em se reproduzir.

O nim não é tóxico para pessoas ou animais de grande porte e, por isso, não precisam evitar áreas tratadas com nim. O nim também é um produto natural e portanto biodegradável. Só insetos que alimentam de plantas são afetados pelo nim, o que impede qualquer dano para insetos como abelhas e outros insetos benéficos.

Nin como fungicida agrícola:
O nim protege plantas e animais de uma variedade de fungos (Murthy and Sirsi,, 1958b); (Bhowmick, 1982); (Schmutterer & Ascher, 1986). Nesse caso, testes provaram que os melhores resultados foram obtidos quando o nim foi utilizado como um agente preventivo.

Nin no tratamento de vírus de plantas:
Infecções em plantas causadas por outras plantas são difíceis de curar ou prevenir. Entretanto testes realizados por pesquisadores na Índia e nos Estados Unidos comprovaram que extratos de nim são muito eficazes na prevenção de infecções virais ou na redução do dano causado, uma vez que a infecção seja diagnosticada (Saxena, et al, 1985); (Simons, 1981).
Nim no armazenamento de alimentos:
Fazendeiros mais ricos pode, se dar ao luxo de utilizar pesticidas químicos para impedir que pragas destruam alimentos (como grãos e cereais) armazenados por longos períodos. O nim é uma opção natural mais acessível. Alimentos tratados com óleo de nim ficam protegidos de qualquer tipo de infestação por até 20 meses sem qualquer alteração. (Dunkel et al, 1995)
Nim na correção do solo:
Depois que o óleo foi extraído das sementes do nim, o bagaço pode ser utilizado na correção do solo - uma prática secular na Índia. Estudos mostram que misturar no solo o bagaço da semente que teve o óleo retirado mostram oferece resultados melhores do que a utilização de estrume ou outros adubos. O bagaço do nin ajuda a fixar o nitrogênio no solo, estimula a proliferação de minhocas e oferece proteção contra insetos (Khan, 1974); (Vizayalakshmi, et al, 1985).
• Diabetes - Doses orais de extratos da folha do nim reduzem a quantidade de insulina necessária entre 30% e 50% em certos tipos de diabetes.
• Doenças coronárias - O nim retarda a coagulação do sangue, normaliza batimentos cardíacos arrítmicos e ajuda a controlar a pressão arterial.
• Herpes - Testes realizados recentemente na Alemana mostraram que extratos de nim são tóxicos para o vírus da herpes.
• Dermatologia - Nim é muito efetivo no combate a problemas de pele como acne, eczema, coceiras, caspa e verrugas.
• Úlceras - Extratos de nim protegem o estômago do desconforto causado pelas úlceras e acelera a cicatrização de feridas gástricas e intestinais.
• Controle de natalidade masculino - O nim vem sendo testado na Índia e nos Estados Unidos para se conhecer seus efeitos sobre a fertilidade. Testes mostram que macacos tiveram sua fertilidade reduzida apesar da produção de esperma e hormônios permanecer inalterada.
• Controle de natalidade feminino - Aplicado internamente na vagina, o óleo de nim teve 100% de sucesso em impedir a gravidez.

http://www.floraliz.com.br/materias/oleodenin.html


Nim (Neem)

A Árvore das Mil e uma Utilidades

Introdução
Pesquisadores descobriram que o nim age tanto na área de Pesticidas, como na área
medicinal. Descobriu-se que as sementes do Nim combatem mais de 200 espécies de
insetos, pragas, baratas, traças, pulgões, dentre outros. Nim, uma árvore para
resolver problemas globais. A árvore é provavelmente a melhor fonte de biopesticida
existente. É um presente de Deus. Uma árvore que pode ajudar a todos. Surpreendentes
propriedades de cura têm sido atribuídos ao nim por antigos autores sânscritos. Na
verdade, a árvore tem servido como um dispensário nas áreas rurais e assegurou seu
lugar na farmacopéia indiana. Devido a efeitos colaterais provocados por pesticidas
sintéticos, a tendência atual é o uso de um pesticida natural. Mais de 2400 plantas
são conhecidas por suas propriedades pesticidas, mas somente o Nim oferece um
controle efetivo dos insetos que causam perdas nas agricultura sem afetar o meio
ambiente. Várias partes da árvore têm sido usadas na Índia há vários milênios com
propósitos medicinais. A Ayurveda considera a árvore como uma SARVA ROGHA NIVARANI
(Cura de todos os males). Sua casca é receitada para febre , reumatismo, dores,
lombares, etc. O óleo é usado no tratamento de tétano, urticária, eczema, escrófula,
erisipelas, e nos estágios iniciais da lepra. O suco de folhas do nim é usado para
expelir lombrigas, curar icterícia, e doenças da pele. Os pequenos galhos da árvore
do nim são usados em muitas comunidades como escovas de dentes descartáveis que
ajudam na preservação dos dentes. Vento soprando nas folhas da árvore de nim é de
grande beneficio para pessoas nas redondezas. A árvore é muito estimada pelos
Indianos. Folhas de nim mantida entre roupas de lã ou de seda dobradas as protegem
de insetos. Antes da era dos inseticidas sintéticos, o miolo do nim era usado para
proteger as plantações contra ataque de insetos.

Descrição
A árvores do nim são frondosas e podem alcançar 30 m de altura e 2,5 m de
circunferência. A distribuição de seus galhos formam coroas de até 10 m de diâmetro
Os galhos quase sempre permanecem cheios de folhas, exceto durante uma forte seca,
quando as folhas podem cair. Seu tronco, geralmente reto e curto, tem uma casca
grossa, forte e enrrugada. As raízes penetram profundamente no solo, e quando
lesadas, produzem rebentos. Esses rebentos tendem a ser prolíficos em localidades
secas. As pequenas flores brancas e bissexuais nascem em cachos e seu aroma parecido
com o do mel atraem as abelhas. Seu fruto é macio e tem a forma elíptica e mede em
torno de 2 cm de comprimento. Quando maduro fica amarelado e contém uma polpa doce
envolvendo a semente. A semente é composta de uma concha e um miolo. As vezes 2 ou 3
miolos cada um pesando a metade do peso da semente. É o miolo o mais usado como
pesticida. A árvore do nim normalmente começa a produzir frutos após 3 a 5 anos.
Torna-se completamente produtiva em 10 anos e, daí em diante pode produzir até 50
quilos de frutas pôr ano. Esta árvore pode viver até 200 anos.

Distribuição
O nim é nativo em todo o subcontinente Indiano. É na India que a árvore é mais
amplamente explorada. Ela é cultivada desde a ponta do Kerala até o Himalaia, em
regiões tropicais e subtropicais, em regiões áridas até nas tropicais úmidas e desde
o nível do mar até 700 m de altitude. O nim foi introduzido na África no inicio do
século. Agora está sendo cultivado em pelo menos 30 países , principalmente naqueles
ao longo da costa sul do deserto do Saara, onde se tornou um importante fornecedor
de combustível e madeira. Foi introduzida em Fidji, Caribe, e em muitos países da
América central e da América do sul.

Propagação
A árvore é de fácil propagação, tanto sexual, quanto vegetativamente, pode ser
plantada usando-se sementes, mudas, rebentos, ou cultura de tecidos. No entanto é
normalmente cultivada a partir de sementes plantadas diretamente ou transplantadas
como mudas de um viveiro.

Problemas com o nim
Fogo mata as mudas de nim instantaneamente. Fortes ventos são problemas em
potencial. Árvores grandes frequentemente caem durante furacões, ciclones, ou
tufões. A regeneração das mudas do nim sob galpões são sensíveis à súbita exposição
de intensa luz solar. Em algumas localidades, ratos e porcos espinhos matam as
árvores jovens roendo sua casca ao redor da base.

Propriedades Fungicidas
O nim provou ser eficaz contra certos fungos que infectam o corpo humano tais fungos
são um problemas crescente e difíceis de serem controlados por fungicidas
sintéticos. São exemplos de alguns fungos combatidos pelo nim-
Trichophyto: Pé-de-atleta que infecta tanto a pele quanto as unhas.
Epidermophyton : Micose que infecta o cabelo, a pele e as unhas do pé.
Trichosporon : Um fungo do canal intestinal.
Microsporum : Uma micose que infecta o cabelo a pele e as unhas.
Geotrichum : Um fungo espumante que causa infeção nos brônquios, pulmões, e
membranas da mucosa.
Cândida : Um fungo que é parte da mucosa normal da flora, mas que pode ficar fora de
controle e provocar lesões na boca, vagina e pulmões.

Propriedades Anti- Bacterianas
Óleo de Nim tem eliminado várias espécies de bactérias patogênicas, incluindo
STAPHYLOCOCCUS AUREUS, que é uma fonte comum de intoxicação alimentar, e causadora
de desarranjos. SALMONELLA TYPHOSA, esta bactéria muito temida que vive na comida e
na água causa o tifo, envenenamento alimentar e uma variedade de infecções que
incluem envenenamento sangüíneo e inflamação intestinal.

Propriedades Anti-Viróticas
A atividade anti-virótica do nim tem alta eficácia, particularmente contra doenças
caracterizadas por erupções. Varíola , catapora , e verrugas , têm sido
tradicionalmente tratados com pasta de nim, esfregando-se a mesma na área afetada. O
nim é um preventivo muito eficiente contra vírus , mas não é a cura.

Propriedade Inseticida Dermatológica
Nim é um remédio comum e popular contra piolho e vermes. No Haiti , por exemplo, as
folhas do nim são esmagadas e esfregadas nos ferimentos infectados por vermes, e na
Índia e Bangladesh, moradores de vilas aplicam o nim no cabelo para matar piolho,
fatos observados com grande sucesso.

Nim no Tratamento Dentário
Tanto na India como na África milhões de pessoas usam pequenos galhos de nim como
escovas de dentes todos os dias. Dentistas aprovam esta prática primitiva por
acharem que realmente previne doenças periodônticas. Não está claro se o beneficio é
devido á massagem regulares da gengiva, se por prevenir a formação de placas, se
pelas propriedades anti-sépticas do nim, ou se pelas três hipóteses juntas.
Companhias alemãs usam o nim como um ingrediente ativo em pastas dental. O nim se
mostra muito eficaz na preservação e cura de inflamações nas gengivas e nas doenças
periódicas.

Nim como Preventivo da Doença de Chagas
O parasita Trypanosoma crusi causa esta grave doença. Ele vive e se reproduz dentro
das células nervosas e das células musculares, particularmente nas do coração,
sugando toda a energia de sua vitimas. Extratos do nim atuam sobre o mosquito que
transmite a Doença de Chagas. Os extratos não matam os insetos, ao invés, eles os
imunizam contra parasitas que vivem dentro do insetos por um ciclo de sua vidas. Uma
pesquisa foi realizada e mostrou que alimentando-se os mosquitos transmissores com
nim, não só os libertam do parasitas, como também o azadirachta impedem o jovem
inseto de mudar de pele e os adultos de se reproduzirem.

Nim como Preventivo da Malária
Profissionais indianos da medicina Ayurvedica tem preparado doses orais do nim e
administrado em paciente portadores de malária a séculos. A atividade anti-malárica
do nim está relatada nos livros de Ayurveda. Chá das folhas do nim é usado para
tratar-la. Certos extratos das folhas e das sementes do nim, provaram sua eficiência
contra os parasitas da malária. O nim reage tão bem quanto o quinino nas culturas de
células afetadas pela malária.

Nim como Analgésico e Anti-Térmico
Nim é também muito eficaz como analgésico, antitérmico e antinflamatório, e um
produto de baixo custo. O nim é usado para estes propósitos onde quer que seja
cultivado.

Outras Propriedades Medicinais
Extratos de águas das folhas e do óleo do nim provaram reduzir significativamente o
açucar no sangue e impedir que a adrenalina produza hiperglicemia em animais de
laboratório. O nim demostrou uma propriedade significativa de infertilidade em ratos
machos sem interferir com os espermas atogenesis. Extratos alcoólicos das folhas
provaram curar doenças cutâneas como o eczemas, impigem, etc. Nimbidim , um
componente amargo extraído do óleo do nim provou possuir uma atividade analgésica e
antipirética eficaz no tratamento de sarna e úlcera gastroduodenal crônica
Ninbatikta. Um elemento completamente amargo do azadirachta indica também provou
curar úlcera crônicas com eficácia o uso do óleo do nim intravaginal provou ser
eficaz na prevenção da gravidez.

Nim no Controle de Insetos
Os indianos tem tradicionalmente esmagado as folhas do nim e esfregado as mesmas nos
ferimentos expostos do gado para eliminar os vermes. Mosca de chifre. O azadirachta
atravessa o canal digestivo do ruminante e lá permanece tempo suficiente para que as
moscas de chifre não se desenvolvam no estrume. O Óleo e o extrato da semente do NIM
impedem que a blow fly fêmea, Lucilia Sericata, de botar seus ovos em carneiros. No
Sri Lanka, o óleo do nim é esfregado no gado como um repelente de insetos como a
mosca-de-chifre. O azadirachta também é capaz de exterminar os ovos da mosca
stomoxys calcitrans.

Nim no Controle de Bactérias

A bactéria do staphylococcus aureus causa mastite, inflamação das glândulas mamarias
em vacas. A aparente eficácia do nim em controlar certos tipos dessa bactérias pode,
portanto, ser de grande importância econômica para fabricas de laticínios nas nações
re>que cultivam o nim. A bactéria salmonella além de afetar a saúde humana, causa
aborto em animais, gado, e carneiros, como também vários tipos de infeções em aves
domésticas e gado, podendo, também, ser controlado pelo nim.

Produtos Industriais do Nim

Óleo do Nim - O óleo do nim é composto basicamente de triglicerideos de oleico,
steárico, linoleico, e palmitico. O óleo de nim é usado principalmente em
lamparinas, sabões, e outros produtos não comestíveis. É usado por fabricantes de
sabão por ser barato.

Cosméticos - o nim é tido na India como um produto de beleza. As folhas do nim
pulverizadas são um componente fundamental de pelo menos um creme facial muito
usado. O óleo do nim purificado é também usado em esmaltes e outros produtos.

Lubrificantes - O óleo do nim é lubrificante e resiste a degradação melhor que a
maioria dos óleos vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é usado com freqüência
para lubrificar rodas de carroças.

Fertilizante - O nim demostrou um potencial considerável como fertilizante
1 - A pasta no nim - é amplamente usada na Índia para fertilizar plantações com
objetivos comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e hortaliças, pois contém
nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. Quando misturada na terra como
adubo, protege as raízes das plantas de nematóides e formigas brancas.
2 - As folhas do nim - em algumas áreas do estado de Karnataka na India as pessoas
cultivam a árvore especialmente por sua folhas verdes e galhos, os quais são jogados
dentro dos arrozais encharcados, antes das mudas serem transplantadas.

Madeira - As propriedades da madeira do nim se parecem com as do mogno. É
relativamente pesado e quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja
fácil de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secado com cuidado por que
geralmente se parte e empena. É uma madeira boa para construções e amplamente usada
na fabricação de carroças, ferramentas manuseáveis e implementos agrícolas. É também
comum o seu uso na fabricações de móveis. É raramente atacado por formigas brancas e
é resistente ao cupim.

Combustível - O nim produz diversos combustível úteis. Seu óleo é queimado em
lamparina, sua madeira usada como lenha. A casca da semente que não possui óleo e é
desperdiçada na fabricação de pesticidas é amplamente empregada como combustível. O
carvão produzido da madeira do nim é de excelente qualidade.

Outros Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do nim - Resina e um material que
contém muitas proteínas. É possível usa-lo como aditivo alimentar e é amplamente
usado como cola do nim. A casca do nim contém 14% de tanino. Ela produz fibras
grossas e fortes, que entrelaçadas transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel
- apicultores plantam árvores do nim para adquirirem o mel de sua flores. Há relatos
de pessoas que comem o nim. Dizem que Mahatma Gandhi, que possuía um grande respeito
pelos efeitos nutritivos das plantas, sempre preparava um molho picante com as
folhas do nim e comia com deleite, apesar de seu incrível gosto amargo. A polpa da
frutas do nim é uma base promissora para a geração do gás metano e também pode
servir como uma rica base de carbohidratos para outras fermentações industriais.

Efeitos do Nim em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.

Insetos Afetados por Produtos do Nim
Mosca do Chifre - Mosca Branca - Mosca Caseira - Piolhos - Grilos - Formigas de Fogo
- Gorgulho do Arroz - Barata, etc...

Uso do Nim

Casca - é amarga adstringente, acre, refrescante, lombrigueiro, inseticida, tônico
para o fígado, expectorante e retentor da urina, É útil em condições anormais de
lepra, doenças da pele, eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos, úlceras,
azia, tumores, glândulas, aminorreias, reumatismo, sífilis, e fadiga.

Folhas - são amargas adstringentes, acres. Depurativas, anti-sépticas, oftálmicas,
lombrigueiras, abrem o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes. São úteis em
azias, lepra, leucoderma, doenças de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras,
tuberculoses, bolhas, eczema, e febres de malária. Tônicas, são úteis em cólicas e
debilidades gerais.

Sementes - são amargas, acres, termogênicas, purgantes, lombrigueiras, retentores de
urina, emolientes, calmantes, depurativas. São úteis em condições anormais de
tumores, lepra, da pele, lombrigas, hemorróidas, tuberculoses, ferimentos,
constipação e diabetes.

Óleo - é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e depurativo. É útil em doenças crônicas
da pele, impigem, sarna, lombrigas, febre de malária, sífilis e lepra.

Nim e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na Índia. A produção de grãos
comestíveis gira em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se que no ano 2000 a
India necessitaria em torno de 210 milhões de tonelada de grãos comestíveis, tendo
em vista o fato de que anualmente 6 milhões de toneladas são perdidos devido a
pragas nas lavouras, ervas daninhas, roedores, pássaros e más condições do tempo e
de estocagem. O uso de pesticidas, tornou-se essencial. O uso de pyretroides
sinteticos nos últimos anos causou a propagação da mosca branca, no algodão em
Gujarat, Andhra pradesh e em localidades do Tamil Nadu. Constantes resíduos de
pesticidas altamente tóxicos DDT HCH e o Chorinated Hydrocarbon foram encontrado em
hortaliças frutas, leites, óleos, manteiga, e carne, tanto quanto em leite materno.
A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas químicos que deveriam ser usados
para o controle de pestes. Os biopesticidas produzidos do nim são de grande eficácia
e comercialmente viáveis. Baratos, possuem efeitos a longo prazo, não poluem e não
são nocivos à saúde humana.

Bactérias: Biopesticida de mais sucesso até o momento é op Bacillus Thuringiensis
*(B.T) existem 25 tipos de B.T. sendo usados contra pragas. Eles produzem várias
toxinas inseticidas tais como exoand Endotoxins, que são responsáveis pela morte de
insetos tão logo penetrem em seus corpos. Aproximadamente 525 insetos de vários
tipos foram encontrados infectados pelo B.T. muitos produtos comerciais do B.T.
foram fabricados por aproximadamente 12 empresas em 5 países e são denominados
Thuricide, Bakthne, Bacttodpein, etc. essas formulas são excelentes no controle de
peste da couve, tais como diamond heliothis do algodão e do milho, brocas européias
do milho. Larva do Chifre do tabaco e largarta, do Castanheiro da Índia, foram
relatada nos últimos anos.

Fungos: Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que incluem mais de 500 espécies
de parasitas e fungos predatório eficazes contra inúmeros insetos fungos e
nematoides.

Nim: Um Biopesticida
Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz
Controle da bacteria que faz secar as folhas
Controle do caruncho que afeta o coqueiro
Controle das doeças de hortaliças
Controle do caruncho do gengibre
Controle patogênico de bacterias em plantas
Controle de doenças viróticas em plantações de hortaliças
Controle do vírus mosaico da pimenta usando produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é usado no controle do bullworm do
algodão. nim é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a vagem, o arroz, etc...
o óleo do nim preserva as folhas do algodão.

Para mudas de Nim, envie mensagem para : cindia@casadaindia.com.br


Por
Nirmal Singhal e Mônica Singhal-INSDOC, Nova Delhi
Artigo gentilmente cedido pela Casa da índia
cindia@casadaindia.com.br
http://www.joaosuassuna.hpg.ig.com.br/neem3.htm


ÁRVORE NEEM – UMA REVOLUÇÃO NO CAMPO
Na busca de alternativas para o combate das pragas, visando a melhoria do meio ambiente, redução de custos e vida saudável, surge como opção a árvore NEEM, e seus derivados.O NEEM, é uma árvore originária da Índia, sendo nativa da região de Burna e das zonas áridas do sub-continente indiano e sudoeste asiático.
Nessas regiões o NEEM, é considerado uma planta medicinal de relevante importância pêlos seus efeitos positivos junto à saúde das PLANTAÇÕES, ANIMAIS E DO PRÓPRIO HOMEM, pôr já estar sendo cultivada há muitas décadas nas zonas áridas da Ásia – na Índia, crescem naquele país hoje, aproximadamente - l8 milhões de pés de NEEM. A árvore tem sido levada para outras regiões quentes do planeta como o Oeste da África, uma vez que se adapta bem às zonas tropicais úmidas com altitude de 800 metros, além da qualidade de fazer sombra.
Ela é cultivada desde a ponta do Kerala até o Himalaia, em regiões tropicais e subtropicais. Agora está sendo plantada em pelo menos 30 países, principalmente naqueles ao longo da costa sul do deserto do Saara, onde se tornou um importante fornecedor de combustível e madeira.
Na América Latina foi trazida no século passado, em projetos específicos junto aos governos de países como Nicarágua, Honduras, Cuba, Venezuela e República Dominicana.
No Brasil, o NEEM chegou em l993, pôr iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa - EMBRAPA, -visando a viabilidade em razão de seu rápido crescimento e a sua resistência excepcional à seca ,o que a torna propícia ao clima tropical brasileiro.
Na América do Norte do Norte e Europa o NEEM não se desenvolve, pôr causa do frio , o que ocorre também no Brasil, nos estados do Sul.
O NEEM é uma árvore para resolver problemas globais.
Todos os produtos do NEEM, são completamente naturais, não são tóxicos para a humanidade e nem para os animais domésticos e insetos benéficos e ao meio ambiente.
O NEEM tem vida útil de até 200 anos e é uma árvore que pode ajudar a todos, pois provavelmente é a única melhor fonte bío pesticida existente com propriedade bacteriana. É anti - virótica e anti - térmica. Na verdade, esta árvore tem servido como um dispensatório nas áreas rurais. Oferece um controle efetivo dos insetos que causam perdas na agricultura.
Várias partes da árvore tem sido usadas na Índia, há vários milênios, o que a torna -uma árvore polivalente.
Seu nome científico é – AZADIRACHTA INDICA A JUSS. Da família das Maliaceas - depois de um ano já pode ter altura de 3 a 4 metros, vindo a atingir em sua idade adulta – depois de 9 anos - até 20 metros de altura pôr 2.5 de circunferência. Em torno de 3 a 4 anos começa a florescer produzindo frutos que têm formatos de azeitonas. A distribuição de seus galhos formam coroas de até 05 m de diâmetro.
Pesquisadores descobriram que o Neem age tanto na área de pesticidas como na área medicinal. Descobriu-se que suas sementes e folhas combatem mais de 200 espécies de insetos, pragas baratas, traças, pulgões dentre outros.
A árvore é provavelmente a única e melhor fonte de bio-pesticida existente. É um presente de Deus, isto é, um árvore que pode ajudar a todos.
Surpreendentes propriedades de cura têm sido atribuídos ao Neem pôr antigos escritores sanscritos. Na verdade, a árvore tem servido como um dispensário nas áreas rurais e assegurou um lugar na farmacopéia indiana. Devido a efeitos colaterais provocados pôr pesticidas sintéticos, a tendência é o uso de um pesticida natural.
Mais de 2400 plantas são conhecidas pôr suas propriedades pesticidas, mas somente o Neem oferece um controle efetivo dos insetos que causam perdas na agricultura sem afetar o meio ambiente. Sua casca é receitada para febre, reumatismo, dores lombares, etc. O óleo é usado no tratamento de tétano, urticária, eczema, escrófula, erisipelas e nos estágios iniciais da lepra. O suco da folha do Neem é usado para expelir lombrigas, curar icterícia e doenças de pele. Os pequenos galhos da árvore do Neem são usados em muitas comunidades como escova de dentes descartáveis para ajudar na preservação dos dentes.
Mesmo antes de antigos conhecedores de ervas medicinais descobrirem as qualidades analgésicas do salgueiro – do qual a aspirina é derivada – as pessoas já usavam galhos, frutas e folhas do Neem, para curar várias doenças. Mesmo hoje, indianos de áreas rurais se referem à árvore do Neem como sua farmácia local, devido ao poder de curar doenças e indisposições, que vão desde problemas dentários e picadas de percevejos, até úlceras e malária.
Cientistas modernos estão encontrando mais e mais usos para esta notável árvore. As sementes, a casca e as folhas contém comprovada combinação de uso anti-séptico, anti-viral, antipirético, antiinflamatório, antifúngico e contra a úlcera. Embora estudos importantes para provar conclusivamente a eficácia do Neem sejam limitados pela carência de financiamentos e pela falta geral de conhecimento sobre a árvore no ocidente, estudos preliminares propõem usos fascinantes para o Neem.
A Alemanha em parceria com a República Dominicana, desenvolveu um plano de plantio do Neem, voltado para o pequeno produtor, que resultou na Fundação Agricultura e Meio Ambiente. Toda matéria prima colhida, é absorvida pela indústria alemã, que a utiliza na fabricação de artigos de higiene e medicinais.
Cuba desenvolve um grande plantio, já tendo alcançado a taxa de 30% de inseticida natural em uso no País, derivado do Neem.
Toda a Europa principalmente a França já pesquisa há mais de duas décadas a utilização do Neem. O Japão também tem demonstrado grande interesses pelas potencialidades desta árvore.
Atualmente o Neem está sendo muito divulgado e cultivado no Brasil.
Estes dados foram coletados com base em informações obtidas através de entrevistas com: Dra. Andrea Brechelt da República Dominicana, Dr. Jesus Ortiz da Universidade de Cuba, Embrapa – Arroz e Feijão, Quinabra Química Natural Brasileira Ltda e tantos outros que tem realizado pesquisas voltadas para o Neem, A mídia através de várias publicações como a revista Globo Rural, Jornal do Campo de “O Popular”, Folha de São Paulo, Revista Safra, O Estado de São Paulo e a própria internet, também tem se interessado na divulgação do crescimento e desenvolvimento da cultura do Neem no Brasil.
http://www.plantaneem.com.br/arvore.htm



Para situar um plantio de NIM você pode produzir suas próprias mudas ou comprá-las de alguém que produz. Para produzir suas mudas, escolha um local sombreado e próximo de uma fonte de água.

Prepare uma mistura de 2 partes de terra e 1 parte de esterco curtido, e encha sacos plásticos ou outros recipientes apropriados, que tenham dimensões de mais 15 x 25cm. Encha os sacos com essa mistura, arrume um ao lado do outro e, depois de bem regados, semeie 2 sementes de NIM.

As plantas nascem entre 8 a 14 dias e devem ser regadas 2 e 3 vezes por semana. Nos sacos que germinarem as duas sementes, deixe apenas um planta e, se desejar, aproveite a outra, transplantando-a para outro saco.

O plantio das mudas em local definitivo deve ser feito quando a terra estiver bem úmida e as mudas tiverem entre 40 e 50 centímetros de altura. As covas deverão ter dimensões de 30 x 30 x 40 centímetros, espaçadas de 6 a 7 metros entre elas e 6 a 7 metros entre as fileiras.

Como o NIM também é forrageira, deve-se evitar que animais de criação entrem na área enquanto os ramos das plantas estiverem ao seu alcance. Deve-se também fazer uma cobertura morta com capim seco ou palha, ao redor de cada planta.

Enquanto as plantas estiverem se desenvolvendo, recomenda-se plantar culturas anuais nos espaços entre as covas de NIM.

ATENÇÃO
As sementes de NIM perdem o poder de germinação a partir de 3 a 4 semanas depois de colhidas. Assim, para garantir a produção de mudas é necessário semear sementes novas.


NIM: Protetor natural contra pragas e doenças de plantas e animais domésticos
O NIM, (Azadirachta indica) é uma planta originária da Índia, introduzida no Brasil em 1982. Trata-se de uma árvore que, em poucos anos, atinge mais de 10 metros de altura. Produz os primeiros frutos entre 2 e 5 anos depois do plantio e nas condições do Nordeste chega a produzir duas safras anuais. Desenvolve-se bem em regiões semi-áridas, por ser resistente à seca e suportar temperaturas elevadas, adaptando-se facilmente a diferentes tipos de solos. No sertão nordestino árvores de Nim proporcionam sombra acolhedora e favorecem um micro-clima agradável.
As flores do Nim são muito procuradas pelas abelhas, que desempenham importante papel na sua polinização e não são prejudicadas nessa atividade. No entanto, aplicações de extratos de Nim sobre plantas em floração devem ser evitadas, pois podem prejudicar as abelhas.
Protetor natural contra pragas e doenças
O Nim traz grandes benefícios para a agricultura e a pecuária. Seus produtos são usados na proteção natural de plantas e animais domésticos contra um grande número de pragas e doenças. Controla lagartas, besouros, gafanhotos, pulgões, cochonilhas, mosca branca e pragas de grãos armazenados. É também indicado no controle de nematóides e doenças provocadas por fungos e bactérias. No tratamento de animais é usado como carrapaticida, vermífugo e no controle da mosca do chifre dos bovinos. É inofensivo aos seres humanos, mamíferos e aves.
Em razão da presença nas folhas, cascas, frutos e sementes do Nim, de substâncias como a Azadiractina, Nimbina e Salanina, os produtos dele derivados atúam de diferentes maneiras sobre os insetos. Têm ação inseticida, repelente, reguladora do crescimento e inibidora de apetite. Insetos tratados com o Nim ao se reproduzirem geram insetos deformados, com baixa capacidade de reprodução e alimentação, reduzindo assim a infestação da praga.
Produção de madeira
O Nim produz madeira de boa qualidade, amplamente empregada na fabricação de compensados, móveis em geral, construção de embarcações e na construção civil e rural. Tem a vantagem de não ser suscetível ao ataque de cupins.

Óleo
Das sementes do Nim, extrai-se um óleo que é empregado na fabricação de medicamentos de uso humano e veterinário, inseticidas para a agricultura orgânica e também na produção de cremes para pele, xampus, sabonetes e creme dental.
COLHEITA E PROCESSAMENTO DE SEMENTES DE NIM

Pedro Jorge B. F. Lima
Fortaleza, junho de 2002

Desde 1998, o ESPLAR vem difundindo o plantio da árvore Nim, através de distribuição de sementes e mudas. Atualmente, só em Tauá existem mais de dez mil plantas de diferentes idades, pertencentes a mais de mil agricultores e agricultoras familiares. Agora que algumas árvores começaram a produzir, chegou a hora de buscarmos mercado para os produtos do nim e apoiarmos os agricultores e agricultoras familiares na venda desses produtos.
Esta é portanto uma responsabilidade que nós do Esplar estamos assumindo, juntamente com agricultores e agricultoras que, nas áreas onde trabalhamos, se dedicaram ao plantio de nim.
Desde o final de 2001 dois agricultores de Tauá venderam sementes, destinadas ao plantio, para duas prefeituras e para agricultores de outros municípios do Ceará, para uma firma de São Paulo e pessoas da Bahia e Rio Grande do Sul. Novas encomendas continuam chegando ao ESPLAR, que entra em contato com quem está produzindo sementes para atender esses pedidos.
Quem tem comprado sementes colhidas em Tauá com a nossa orientação, constata que se trata de produto de qualidade muito boa, graças aos cuidados adotados na colheita e processamento das mesmas.
Estamos também procurando encontrar um modelo de prensa para extração caseira de óleos vegetais, inclusive de nim. Com o crescimento da produção, é possível que, até o final de 2002, os agricultores/as familiares de Tauá e Canindé comecem a extrair o óleo das sementes de Nim, tanto para uso próprio, como para a venda ou para a fabricação caseira de diferentes produtos.
As sementes extraídas de frutos do nim podem ser utilizadas tanto na produção de mudas para novos plantios, como para a extração de óleo.
No Brasil, já existe procura tanto de sementes como do óleo. Este é procurado por algumas indústrias para a fabricação de defensivos naturais contra pragas de plantas e animais e para a fabricação de sabonetes, pasta de dentes, cremes para a pele e xampu para animais.
A venda de sementes para o plantio pode ser uma boa fonte de renda pois, até agora, sua oferta no Brasil ainda é pequena. A maior parte das sementes plantadas no Brasil são importadas da República Dominicana e da Nicarágua e o óleo vem da Índia.
As sementes de nim geralmente perdem a capacidade de germinar a partir de 3 a 4 semanas depois de colhidas. Além disso se não forem despolpadas, lavadas, secas e guardadas de maneira correta, podem mofar e se tornarão imprestáveis tanto para o plantio como para os outros usos. Por esta razão, para produzir mudas ou para extrair óleo, é necessário muito cuidado durante a colheita, seleção, despolpa, lavagem, secagem e armazenagem das sementes, para que os produtos obtidos tenham qualidade garantida.
Agricultores/as que cultivam poucas plantas, levam vantagem em relação a quem tem grandes áreas plantadas, porque poderão colher e beneficiar as sementes de forma muito mais cuidadosa. Além disso, o clima seco do sertão semi-árido favorece a produção, a secagem e a conservação das sementes de nim.


1 - COLHEITA DOS FRUTOS
Os cachos devem ser colhidos quando pelo menos um quarto dos frutos estiverem amarelos e o restante “de vez". Uns poucos frutos ainda estarão verdes e devem ser descartados.
No caso dos frutos “de vez”, embora ainda não estejam amarelos as sementes já estarão completamente desenvolvidas e podem ser aproveitadas depois que amadurecerem.
Os frutos caídos no solo também devem ser aproveitados, mesmo aqueles cuja polpa foi retirada por pássaros ou formigas.
Depois de colhidos deve-se separar os frutos maduros e “de vez”, colocando cada tipo em baldes ou sacos separados, onde permanecerão por um ou dois dias. Uma pequena fermentação que acontece nesse período facilita a despolpa sem prejudicar a qualidade das sementes.

2 - PROCESSAMENTO
O processamento dos frutos de nim compreende seleção, despolpa, lavagem, e secagem. São operações fáceis, mas um tanto trabalhosas que devem ser realizadas com muito cuidado para garantir a qualidade do produto.
No nosso clima, onde as temperaturas sempre altas, a umidade existente no fruto, na polpa e na semente, favorecem o desenvolvimento de mofo.
Restos de polpa sobre a casca da semente também ajudam no desenvolvimento de mofo que prejudica a germinação ou a qualidade do óleo extraído delas.
Lugares fechados e sem ventilação, também favorecem o desenvolvimento desses fungos.
A presença de fungos nas sementes ou nos frutos é identificada facilmente pelo cheiro de mofo e pelas manchas escuras que se formam sobre a casca das sementes.

2.1 – DESPOLPA E LAVAGEM
Para fazer a despolpa são necessários uma bacia, uma vasilha com água, areia fina e uma peneira.
Coloca-se uma camada de frutos que ocupe quase todo o fundo da bacia e em seguida um pouco de areia. Em seguida adiciona-se água aos poucos, até formar uma espécie de mingau.
Coloca-se a palma de uma mão sobre essa mistura e pressiona-se levemente os frutos em movimentos circulares. Aos poucos o atrito faz as cascas e a polpa soltarem e em alguns minutos as sementes estarão limpas.
Na sequência deve-se colocar as sementes numa peneira para lavá-las. Depois de limpas, as sementes devem ser colocadas numa outra vasilha.
Aproveita-se o momento da lavagem para separar aquelas sementes que ainda tenham restos de polpa aderidos na casca para depois completar a despolpa.
Ao terminar a despolpa, coloca-se um punhado de cal em uma vasilha com água na qual as sementes limpas devem ser deixadas por uns dez minutos. Esse tratamento com cal diminui os riscos de ataque de mofo durante o armazenamento das sementes.
2.2 - SECAGEM
Depois de tratadas com cal, as sementes devem ser colocadas no sol por três a quatro horas. Para isto devem ser espalhadas sobre sacos de pano ou folhas de jornal, em uma camada bem fina.
Esse período no sol é suficiente para retirar a maior parte da umidade existente nas sementes, cuja secagem deve ser completada à sombra, durante dois a três dias.
Durante a secagem deve-se aproveitar para descartar alguma semente que ainda tenha ficado com restos de polpa, com manchas escuras ou rachadas, para não prejudicar a qualidade do produto final.

3 - ARMAZENAMENTO
Quando as semente estiverem completamente secas, devem ser guardadas em sacos de papel ou de pano. Nunca usar sacos de plástico ou materiais semelhantes.
Nunca se deve usar sacos plásticos pois facilitam o aparecimento de mofo.
No caso de lotes pequenos, de dois ou três quilogramas, quando houver demora de vários dias até a venda ou o plantio, as sementes devem ser colocados numa geladeira, para evitar prejuízos na germinação.. Para isto devem ser embaladas em sacos de papel ou de pano e em seguida protegidas dentro de uma sacola de plástico, muito bem fechados.
No caso de volumes maiores, quando não é possível guardar em geladeira, é necessário colocar os sacos em local fresco, ventilado e nunca em contato direto com o chão. A cada semana, as sementes devem ser inspecionadas, colocando-se a mão dentro de cada saco para verificar a temperatura e a umidade. Se as sementes estiverem quentes ou úmidas é necessário colocá-las novamente para secar à sombra, num lugar bem ventilado..
Se as sementes adquirirem um leve cheiro de mofo, é necessário colocá-las outra vez para secar ao sol por uma a duas horas, de preferência em no início da manhã, até 8 ou 9 horas e no final da tarde, a partir de 15 ou 16 horas. Sementes mofadas devem ser descartadas. Acondicionar novamente nos sacos depois que estiverem frias.

4 – QUALIDADE DAS SEMENTES
Sementes de qualidade superior têm a casca quase branca, devem estar bem secas e livres de mofo e de impurezas. Sementes muito pequenas, inferiores ao tamanho médio do lote, devem ser descartadas, assim como aquelas mofadas, manchadas e com a casca quebrada ou rachada.
Sementes sadias têm casca quase branca, inteira e o cheiro típico de Nim, que é parecido com o cheiro do alho.
Quando destinadas ao plantio é necessário fazer um teste para determinar a porcentagem de germinação de cada lote de sementes. Para isto, colocam-se cem sementes para germinar em uma vasilha com terra, que deve ser deixada à sombra e regada diariamente. A partir do oitavo dia observar e anotar o número de sementes germinadas. Continuar essas anotações até o vigésimo dia. O número total de plantas nascidas ao final desses vinte dias, indicará a porcentagem de germinação. Essa informação é muito importante para o comprador e deve constar do rótulo pregado na embalagem.
O rótulo deve conter as seguintes informações: nome do agricultor, localidade ou propriedade, município, ano da safra, número do lote , período da colheita, porcentagem de germinação e peso.

FONTE DE INFORMAÇÕES
Este texto resulta da experiência adquirida pelo seu autor na realização de todas as etapas do processamento de sementes de Nim, assim como da leitura e adaptação de recomendações das seguintes publicações:
1 - ARBOL NIM EN NICARÁGUA – Cultivo y aprovechamiento como fuente de insecticidas botánicos, de autoria de Anne Kathrina Gruber e Maritza Méndez, técnicas do Proyecto Insecticida Botánico Nim, publicado em Manágua, em 1992.
2 – EL NIM Y SUS BIOINSECTICIDAS, UNA ALTERNATIVA AGROECOLÓGICA, elaborado em Havana, Cuba, por Jesús Estrada Ortiz, Maria T. López Díaz e Pedro Barrios, do INIFAT.


www.esplar.org.br/produtos/nim.htm